O autor e ator Miguel Falabella decidiu parar sua carreira no teatro. Ele, que está com um musical em cartaz e um seriado prestes a sair do papel, afirmou em entrevista recente que está cansado e com muito desânimo em relação ao ofício.
Pela primeira vez na vida, você pode me perguntar sobre meus projetos e eu vou te dizer, com tristeza: nenhum. Não tenho absolutamente nada para fazer. Nada, nada, nada. Esse ano não tem nada”, contou ele em entrevista ao O Fuxico.
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A única coisa prevista é um seriado na Globo, o “Brasil à Bordo”. “Esse já está em andamento, estou escrevendo. São 12 episódios, mas ainda não faço ideia de quando começaremos a gravar. E, depois dele, nada mais a fazer”, revela.
Ele tinha um texto para Adriana Esteves, mas ainda não sabe se sairá do papel. “Não faço ideia se vai rolar mesmo. Certo, só o Brasil à Bordo. Eu, Arlete Salles, Latorraca, Dani Calabresa, Luis Gustavo, só gente boa”, explica.
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E ele explica os motivos do abandono da carreira teatral: “Teatro musical, no Brasil, não se paga. A bilheteria fica no vermelho. Não há exceção. Sem a Lei, sem empregos. Demoramos tanto a conquistar uma boa qualidade e quando estamos num patamar legal vem isso. Não posso firmar um compromisso e ficar na incerteza”.
“Para o nível técnico que teatro nacional chegou, será uma decepção para as novas gerações que estão aí porque aprenderam a amar isso com a gente. Perderemos a continuidade. É depressivo. A gente para tudo e sabe-se lá como vai ser”, conta, com tristeza.
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Apesar dos prêmios, ele afirma: “Ninguém come prêmio! Ninguém tem sequer roupar para ir à prêmio! Black-tie? Eu não tenho! (…) E o problema não é do teatro. A gente tem que brigar e continuar fazendo teatro de excelência que conseguimos fazer. Mas a pena é que nenhum espetáculo se paga…”.
“O teatro jamais morrerá! Sempre terá um maluco querendo fazer. Mas é a geração dos netos de vocês que vai assistir grandes musicais outra vez. Tudo é dinheiro… Estou muito cansado. Chega! Vou fazer 60 anos em outubro, já contribuí muito tá bom assim…”, revela.
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Apesar disso, o ator comemora os sucessos que fez na TV, apesar de algumas polêmicas, como na época de “Sexo e as Negas”. “Graças a Deus eu acho que Pé na Cova fica pra história da TV brasileira. Um programa que conseguiu ser popular, poético, filosófico e humano e absolutamente verdadeiro. Foi um acerto”, disse ele.