Morador foi morto após deixar instalar medidor do GfK em sua casa, diz colunista

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Medições começam no próximo ano

Morador foi morto após deixar instalar aparelho do GfK (Foto: Divulgação)

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Ex-presidente do GfK no Brasil, Ricardo Monteiro revelou que um morador de uma favela localizada na zona oeste do Rio de Janeiro, foi assassinado em 2015 por ter permitido que a empresa instalasse um aparelho de medição de audiência, o famoso peoplemeter, em sua casa.

O executivo fez revelou o ocorrido ainda em maio do ano passado diante de uma plateia formada por dezenas de expoentes do mercado publicitário brasileiro. A declaração foi confirmada por Monteiro em setembro a uma colunista de TV da cidade de São Paulo, que acabou optando em não publicar a história. É o que informa o colunista Ricardo Feltrin, que ainda afirma que, a nova declaração deixou a direção do GfK ainda mais irritada. Essa pode ter sido uma das causas que motivaram a demissão do executivo, que foi anunciada quatro semanas depois.

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Na declaração, Monteiro ainda diz que o assassinato ocorreu porque os criminosos controlavam a venda de TV pirata na favela, e por esse motivo não admitiam a presença de aparelhos de medição de audiência – nem do Ibope e nem da GfK – em seu espaço. “Isso não vai nos parar, isso não vai impedir nosso trabalho”, disse o então presidente da GfK à plateia, ele que também contou que o assassino deu um tiro na cabeça do morador diante do técnico da empresa contratada pelo instituto alemão para fazer a instalação dos aparelhos de medição.

Tal crime seria para “servir de exemplo” a outros moradores para que ninguém na favela aceitasse nenhum aparelho de medição de audiência.

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Ainda segundo o colunista, Monteiro não foi localizado (até a publicação do texto), já o GfK nega que a morte tenha ocorrido (leia nota oficial a seguir).

“A segurança dos nossos colaboradores é de suma importância para a GfK, da mesma forma que acreditamos ser essencial para a representatividade de nosso painel a inclusão de moradores de áreas carentes na amostra.

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Como nos demais países onde atua, a empresa tem considerado com muita atenção as questões de segurança envolvidas na implantação de seu moderno sistema de medição de audiência no Brasil.

Estamos cientes e lamentamos o fato de que algumas comunidades carentes sofrem com problemas relacionados à violência. Por isso, temos um protocolo de segurança que, entre outros pontos, inclui evitar áreas conhecidas por serem particularmente violentas. Embora tenhamos enfrentado algumas dificuldades para instalar nossos aparelhos de medição de audiência em algumas áreas, nossos colaboradores jamais testemunharam um assassinato.”

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No entanto, um profissional ligado a GfK, que preferiu não se identificar, afirmou ao colunista que o crime foi bastante comentado por vários dias dentro da empresa, em março do ano passado.

 

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Formado em jornalismo, foi um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.

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