Nadadora Joanna Maranhão vai à Justiça após ser xingada: “Brasil é um país muito racista”

09/08/2016 20h17

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(Foto:Divulgação)
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Após a eliminação nos 200m borboleta, a nadadora Joanna Maranhão resolveu desabafar nas Redes Sociais. Ela já havia recebido ataques em sua página oficial, depois de ficar de fora da semifinal dos 200m medley.

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Nesta terça-feira, a nadadora informou que recorrerá à Justiça: “A todos os perfis verdadeiros que vieram até aqui denegrir, ofender e xingar: muito obrigada! Fiquei em silêncio permitindo que vocês se sentissem à vontade enquanto o advogado coletava nome, dados e CPF de cada um. A partir da próxima semana, estaremos entrando com ação na Justiça, com todas as provas (inclusive cobertura da imprensa). Trata-se de uma causa ganha e com esse dinheiro estaremos potencializando as ações da ONG Infância Livre.Sendo assim: muito obrigada! O ódio de vocês será revertido para uma boa causa; combate à pedofilia”, escreveu a nadadora em seu perfil no Facebook

A nadadora também desabafou em entrevista ao SporTV e ESPN Brasil: “Ontem à noite foi o dia mais difícil para mim. Tentei ficar fora de rede social, mas fui no Facebook e vi uma enxurrada de críticas, ataques. Alguns dizem que eu merecia ser enxutada, que minha história é uma grande mentira. Eu tentei segurar a onda, mas agora eu desabafei. E muito duro receber”.

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Joanna completou e disse que o Brasil é um país machista e homofóbico: “O Brasil é um país muito racista, muito machista, muito homofóbico, vem de uma cultura futebolística que as pessoas acham que quando chega em um esporte olímpico elas têm o direito de nos tratar como tratam um jogador de futebol quando não ganham. Acho que nem os jogadores de futebol merecem esse tratamento que a gente tem. Eles têm, nós muito menos”.

Luís Roberto, da Globo, disse ter ficado incrédulo ao ouvir: “As pessoas ainda não sabem usar essa ferramenta poderosa que são as redes sociais. Uma coisa é fazer a critica, é normal dizer que o Luís Roberto não está narrando bem o jogo. Outra é ofender, dizer que uma mulher merece ser estuprada por exemplo”.

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Flávia Delaroli, comentarista de natação da ESPN, também lamentou o que aconteceu: “Eu admiro muito ela, tem um coração de ouro, quer ‘educar o mundo’, quer mudar o mundo, ela é ativa nas redes sociais em relação a política, e ela sabe disso. Acho que a Joanna se sabotou, como atleta experiente que é, com quatro Olimpíadas, que não devia ter olhado coisas na internet. Não era o momento, era hora dela se concentrar, e ela deu um tiro no pé e realmente se afetou. (…) E os próprios brasileiros deram um tiro no pé, porque vocês agrediram uma das grandes atletas do Brasil, que tinha chance de ser a primeira

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