Prejuízo de mais de R$700 milhões: Natura acaba de receber péssima notícia e comunicado é emitido

Natura emite comunicado após registrar prejuízo de mais de R$700 milhões no segundo semestre de 2023

E a Natura& Co, grupo controlador de marcas como Natura, Avon, The Body Shop e Aésop, praticamente acaba de receber uma péssima notícia ao constatar um prejuízo de mais de 700 milhões de reais, neste segundo semestre de 2023.

O prejuízo em questão bateu o valor exato de 732 milhões, uma cifra  4,6% inferior à reportada um ano antes (2022), de 766,8 milhões.

De acordo com a InfoMoney, apesar do prejuízo, a Natura informou que o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado somou R$ 753,1 milhões, alta de 25,8%, com margem ajustada de 9,7% – alta de 2,3 ponto porcentual.

Natura& Co, é o grupo controlador de marcas como Natura, Avon, The Body Shop e Aésop (Foto Reprodução/Internet)

Porém, o  Ebitda* reportado subiu 15,6%, para R$ 455,7 milhões, com uma margem de 5,9%, aumento de 1,0.

*Earnings before interest, taxes, depreciation and amortization – é um dos indicadores utilizados para fazer a medição dos resultados das empresas. Em português, essa métrica significa “Lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”

Razões por trás do prejuízo

Ainda de acordo com o portal, a Natura informou que o prejuízo ocorreu devido ao fato que o Ebitda mais elevado, seja o ajustado ou o reportado, acabou sendo parcialmente compensados por maiores perdas das operações descontinuadas (principalmente impactado pela margem mais baixa na marca Aesop).

A Natura aponta ainda que o resultado líquido (underlying), o que exclui custos de transformação, custos de reestruturação, operações descontinuadas e efeitos do PPA, ficou negativo em R$ 219 milhões, menor do que o reportado um ano antes.

Entretanto, esse desempenho foi parcialmente compensado por resultados na The Body Shop (-12,5%) em CC) e na categoria Casa e Estilo da Avon na América Latina (-36,9%).

Comunicado da empresa

Apesar dos prejuízos expressivos, de acordo com a publicação do Estadão Invest, o CEO da companhia, Fabio Barbosa, deu a seguinte declaração quanto a empresa:

“A companhia continua a apresentar as melhorias já observadas no primeiro trimestre, com crescimento de um dígito baixo da receita líquida em moeda constante, e uma melhora significativa na margem Ebitda ajustada”.- Iniciou ele que continuou:

“O lucro líquido continua impactado pelas elevadas despesas financeiras, que serão endereçadas na conclusão da venda da Aesop, prevista para ocorrer no terceiro trimestre de 2023”

Dívidas

De acordo com o Info Money, no final do 2º trimestre, a Natura & Co Holding contava com uma dívida líquida de R$ 10,032 bilhões, ante R$ 9,4 bilhões da posição final do 1º trimestre e de R$ 8,498 bilhões de 2022.

Assim, a relação entre a dívida líquida e o Ebitda – excluindo IFRS 16 – ficou em 7,24 vezes ao final do segundo trimestre, ante 3,46 vezes do mesmo período no ano de 2022.