Dorival Jr analisa quatro reforços de peso no Corinthians e planeja formar uma nova dupla com Depay em 2026

O Corinthians vive um momento de observação atenta, quase silenciosa, sobre os jovens do Sub-20 que vão estourar a idade em 2026. Dorival Júnior, junto da diretoria e do executivo Fabinho Soldado, acompanha cada detalhe dessa transição.

Porém, não se trata apenas de números ou estatísticas em relatórios, mas de perceber nos treinos e nos jogos quem consegue suportar a pressão de vestir a camisa alvinegra em nível profissional. O clube sabe que a decisão de segurar ou liberar atletas nessa fase é um divisor de águas: pode render futuras joias para o elenco ou abrir espaço para perdas que, no futuro, se mostrariam irreparáveis.

Contudo, entre os garotos, alguns nomes já ganham destaque recorrente: Caipira, Fernando Vera, Thomas Rafael e Léo Agostinho. Caipira, lateral com versatilidade para atuar nos dois lados, soma bons números no ano, com gols e assistências que não passam despercebidos.

Thomas Rafael voltou recentemente de lesão, mas deixou claro que tem qualidade técnica e maturidade na saída de bola, algo que agrada a Dorival. Além disso, Fernando Vera segura bem a defesa, consolidando-se como zagueiro, enquanto Léo Agostinho, que mudou de lateral para ponta, provou que pode render ofensivamente com gols importantes. No entanto, o clube já se movimentou e renovou seu contrato até o fim de 2026, um sinal claro de que acredita em seu futuro.

Quem acompanha os treinos percebe a presença dos dois em conversas rápidas, observações discretas e, às vezes, até nas broncas sutis. Eles sabem que a Copinha será decisiva para confirmar quem merece um contrato mais longo ou até uma chance no time de cima.

Esses jogadores vão ser vendidos pelo Corinthians?

O fator contrato é outro ponto que pesa muito. Boa parte desses garotos tem vínculos que vão até 2026, e isso cria um limite natural para decisões. Esperar demais pode ser arriscado: outros clubes ficam de olho, empresários aparecem e, de repente, o Corinthians pode perder um talento sem retorno adequado.

Porem, por outro lado, dar o salto ao profissional cedo demais pode arruinar carreiras, já que não basta talento. Dorival costuma agir com cautela, sempre repetindo que subir jogador sem convicção pode ser tão prejudicial quanto não dar a chance.

A base, nesse momento, também funciona como resposta à situação financeira do clube. Com menos margem para grandes contratações, apostar em quem já está no Parque São Jorge representa um caminho estratégico e até inevitável.

Nos últimos meses, vários garotos treinaram junto ao elenco principal, uma espécie de teste disfarçado de rotina. Assim, a comissão técnica percebe quem tem maturidade para enfrentar o ritmo da Série A e quem ainda precisa de mais tempo.

Por fim, o caso de Léo Agostinho ilustra bem a importância das decisões rápidas. Antes visto como lateral-direito promissor, o garoto se reinventou como ponta e mostrou poder de decisão. A diretoria não esperou e garantiu sua permanência até 2026.

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