Principal emissora de televisão do Brasil e patrocinadora dos Jogos Olímpicos, a Globo não exibe as competições esportivas do evento em seu horário nobre, entre 18h30 e 22h. Isso tem intrigado jornalistas estrangeiros, que vieram cobrir o mundial no Rio de Janeiro.
Sobre esse assunto, o jornalista Maurício Stycer, do UOL, falou no “CBC News Now”, programa matinal diário da rede CBC, do Canadá, e explicou que é por causa das novelas. A emissora pediu a alteração de horários de partidas de voleibol, por exemplo, para exibi-las depois da novela das 21h.
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Mas não é só ela que tem esses “privilégios”. A rede americana NBC conseguiu junto ao COI (Comitê Olímpico Internacional) a mudança do horário das finais de natação para às 22h. Diretora de desenvolvimento artístico da Globo, Mônica Albuquerque, explicou a situação.
Segundo ela, o Brasil “pararia” se a emissora suspendesse a exibição de novelas para mostrar competições esportivas. “É cultural. É parte da vida. Não consigo imaginar o Brasil sem novelas”, disse ela. No entanto, isso tem irritado alguns atletas, pois as competições chegam a terminar de madrugada.
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Ao final da partida da seleção feminina de vôlei contra a Argentina, encerrada na madrugada desta terça-feira (9), a bicampeã olímpica Thaisa reclamou. “É um horário ingrato com atleta. Agora, vai chegar que horas? Jantar, tomar banho até poder relaxar, adrenalina baixar e dormir, vai ser lá para madrugada”, disse.
“É complicado, horrível, para atleta é péssimo, mas as pessoas precisam pensar no lado do atleta, não só da mídia”, conclui a atleta.
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