Eduardo Paes surpreende o Rio com decreto que decide o futuro do shopping popular e acende alerta entre trabalhadores

O prefeito Eduardo Paes assinou um decreto que muda completamente o destino do Bangu Shopping. Ele proibiu novas construções permanentes no entorno do empreendimento, que antes funcionava como antiga fábrica de tecidos e hoje é um ponto comercial relevante.

Contudo, a decisão surge em meio ao debate sobre o chamado “novo mais valerá”, projeto que permite ampliar shoppings e hospitais em troca de contrapartidas financeiras ao município. Porém, no caso do Bangu Shopping, Paes decidiu proteger a área, garantindo a preservação do patrimônio e evitando a verticalização desordenada.

O decreto define que nenhuma edificação permanente será autorizada dentro da área de entorno, mas permite construções temporárias de até 120 dias, desde que aprovadas pelo Conselho Municipal de Proteção do Patrimônio Cultural.

Além disso, o vereador Felipe Pires (PT) comemorou a medida e reforçou que a proteção é essencial para manter a memória industrial de Bangu viva. Porém, ele argumentou que a antiga fábrica de tecidos, que funcionou entre 1889 e 2004, ainda carrega história, e que novas construções poderiam apagar esses traços.

A população local recebeu a notícia com alívio. Muitos temiam que o “novo mais valerá” transformasse o bairro em uma área de prédios residenciais e comerciais sem planejamento.

No entanto, a proibição abre espaço para debates sobre preservação histórica, planejamento urbano e qualidade de vida. O entorno do shopping deve permanecer visível, permitindo circulação e preservando a paisagem que os moradores conhecem há décadas.

Como o decreto de Paes afeta o Rio de Janeiro?

Do ponto de vista urbanístico, a decisão de Paes controla a densidade de construções e protege a infraestrutura local. Trânsito, acessos e serviços poderiam sofrer pressão caso o espaço fosse liberado para novos prédios. O decreto funciona como um freio, garantindo que o crescimento econômico não destrua o patrimônio histórico.

Porém, mesmo dentro da base de Paes, houve críticas. Alguns vereadores queriam que o shopping participasse do “mais valerá” sem restrições. Paes, contudo, decidiu atender ao pleito local e ao argumento histórico do vereador Felipe Pires.

Além disso, o decreto também sinaliza um cuidado com o futuro. Ao limitar construções permanentes, a prefeitura assegura que novas intervenções respeitem a paisagem e não comprometam o valor histórico do shopping. A população deve sentir a diferença na ocupação do espaço, com menos barulho e trânsito intenso.

Por fim, o futuro do Bangu Shopping agora parece mais seguro. A proibição impede que prédios novos apaguem o passado. A prefeitura mostra que crescimento urbano e preservação histórica podem andar juntos. O suspense permanece sobre como a medida será aplicada e se resistirá a futuras pressões imobiliárias, mas o bairro já sente o impacto da decisão de Paes.

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