Novo salário mínimo de R$ 1.804 começa a ser pago e agita trabalhadores com carteira assinada neste mês de outubro
Entrou em vigor no dia 1º de julho de 2025 o novo piso salarial do Estado de São Paulo, conhecido como Salário Mínimo Paulista, estabelecido pela Lei 18.153/2025. O valor foi fixado em R$ 1.804,00, representando um aumento de 10% em relação ao piso anterior de R$ 1.640,00 e ficando R$ 286,00 acima do salário mínimo nacional de R$ 1.518,00.
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Porém, a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) aprovou a mudança após intensos debates no mês de maio e ela passou a valer para todos os trabalhadores com registro em carteira no estado.
A proposta, elaborada pelo governo Tarcísio de Freitas, buscava dois objetivos centrais: garantir que categorias sem piso definido por convenção ou lei federal recebessem uma remuneração mínima mais justa e, ao mesmo tempo, assegurar ganho real acima da inflação.
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No entanto, durante as discussões, os parlamentares aprovaram uma emenda que incluiu os cuidadores de pessoas com deficiência entre os beneficiados. Entidades da área social celebraram essa inclusão e reivindicavam há tempos o reconhecimento formal para a categoria.
Para milhares de trabalhadores, o reajuste trouxe efeitos imediatos no orçamento doméstico. Um aumento médio de R$ 164,00 em relação ao valor anterior garantiu um alívio para famílias que enfrentavam o encarecimento dos alimentos e do transporte. O reajuste superou a inflação acumulada no período, fato que reacendeu o debate sobre o poder de compra no estado mais populoso do país.
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O novo Salário Mínimo vale para todos?
Vale lembrar que o novo piso não se aplicou a todas as categorias. Cerca de 70 a 76 grupos profissionais, sem piso definido em acordo coletivo, receberam o benefício diretamente. Entre eles estavam trabalhadores domésticos, cuidadores, operários da construção civil, motoboys, auxiliares de limpeza, garçons, balconistas e auxiliares administrativos.
Porém, no setor público estadual, a implementação também exigiu ajustes. O governo editou uma lei complementar que garantiu um abono para servidores que recebiam abaixo do novo piso, proporcional à carga horária. A medida evitou distorções dentro do próprio quadro estadual e assegurou que ninguém ficasse abaixo do valor mínimo paulista.
Por fim, no balanço geral, o Salário Mínimo Paulista de R$ 1.804,00 marcou uma tentativa concreta de valorizar profissões menos reconhecidas e reduzir disparidades regionais. A política salarial do Estado reforçou a ideia de que o poder público pode intervir de forma mais sensível na renda básica.
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