Falência: Do ceú ao fundo do poço, o adeus de loja de brinquedos tradicional com prejuízos milionários

Famosa loja de brinquedos, que chegou a dominar o mercado, teve um triste desfecho deixando um prejuízo milionário
Se você foi criança entre os anos 80 e 90 com certeza se lembra com muito carinho dessa gigante loja de brinquedos que marcou gerações, ao longo dos anos, com a venda de icônicos e divertidos brinquedos.
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Estamos falando da saudosa D.B Brinquedos, que foi fundada nos anos 80, que foi do céu ao fundo do poço, ao praticamente ser destruída pela concorrência no fim da década de 90.
Como um “rolo compressor”
A D.B Brinquedos foi pioneira no mercado de brinquedos e dominava grande parte do território nacional, com suas 35 lojas ela preenchia o espaço de 40% do mercado da região Sul do país, e foi líder no segmento por muitos anos.
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Uma das maiores características da empresa era contar com lojas enormes, muitas vezes similar a um verdadeiro mercado ou shopping especializado somente em brinquedos, para a alegria da garotada da época.
Fora isso, vira e mexe, o programa Shop Tour, conhecido por divulgar os principais comércios e promoções na TV, faziam gravações dentro das lojas da varejistas mostrando as últimas novidades, além dos comerciais criativos e chamativos
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Porém, segundo o Canal 90, do Youtube, no ano de 1997, ela teve as suas atividades oficialmente encerradas.
A sua falência foi desencadeada após a crescente concorrência com camelôs, que desde 1994, já ofereciam uma gama de brinquedos importados a preços bem mais atrativos, o que passou como um rolo compressor em cima da D.B Brinquedos.
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D.B brinquedos era uma das varejistas mais fortes do mercado nacional na década de 80 e 90 (Foto Reprodução/Internet)

A D.B Brinquedos fazia a alegria da garotada com seus brinquedos e artigos (Foto Reprodução/Internet)

Shop Tour dentro de uma das lojas da D.B Brinquedos (Foto Reprodução/Internet)
Prejuízo de milhões
Com essa sua dificuldade em competir e queda de vendas, ela teve sua falência oficialmente decretada pela Justiça a pedido de 20 indústrias e credoras, dentre elas as marcas Estrela, Candide e Tec-Toy, cujos valores somados chegavam a 10 milhões.
Segundo um artigo publicado em Agosto de 1997, pela Folha de São Paulo, enquanto a empresa tentava “sair do buraco”, ela possuía dívidas com o Banco de Crédito Nacional, no valor de R$ 6,8 milhões, e até mesmo com o J.P. Morgan, no valor de R$ 7,7 milhões, fora os 5 milhões em impostos atrasados.
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Sendo assim, somando todos os prejuízos e dívidas, chegava-se a um valor de aproximadamente 30 milhões de reais.
Inclusive, a situação estava tão complicada, que Paulo Benzotti, gerente nacional de vendas da Gulliver, chegou a declarar para a Folha de São Paulo que só voltaria a vender para a D.B após uma proposta concreta:
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“Não dá mais para assumir riscos.” – Disse ele na ocasião.
Qual outra varejista fechou as portas na década de 90?
Você pode não se lembrar na década de 90 existia as Lojas Brasileiras, concorrente direta da Americanas. Embora ela tenha sido fundada ainda na década de 40, foi em meados dos anos 90 que ela viveu o seu melhor auge.
Porém, segundo o portal Veja, em 1999 rede encerrou as atividades por causa de uma dívida de cerca de R$ 100 milhões. À época, a rede empregava cerca de 6.000 pessoas e tinha 63 unidades espalhadas por 20 estados do Brasil.

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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.