Adeus: O fechamento de 558 agências do Santander em apenas um ano

Santander encerra 558 agências no Brasil em um ano. Saiba como esses fechamentos afetam clientes, o motivo por trás da situação e o que fazer
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Saiba como encerramentos massivos de agências do Santander estão afetando clientes (Foto Reprodução/Montagem/TV Foco/Canva/GMN/Lennita/Santander)

Saiba como encerramentos massivos de agências do Santander estão afetando clientes (Foto Reprodução/Montagem/TV Foco/Canva/GMN/Lennita/Santander)

Santander encerra 558 agências no Brasil em um ano. Saiba como esses fechamentos afetam clientes, o motivo por trás da situação e o que fazer nesses casos

E o setor bancário brasileiro assistiu a uma das maiores retrações de rede física da sua história recente. De acordo com o portal dos Bancários Sorocaba, entre junho de 2024 e junho de 2025, ou seja, período de um ano, o Santander encerrou as atividades de 558 agências no Brasil, reduzindo a sua capilaridade de 2.446 para 1.888 unidades.

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Os dados, revelados durante o Encontro Nacional dos Funcionários do Santander em São Paulo, colocaram o país no centro de uma estratégia agressiva de redução de custos que ignora a rentabilidade recorde da operação brasileira.

Enquanto o banco avança para o modelo 100% digital, milhões de clientes enfrentam o vazio deixado pelas fachadas, enquanto milhares de funcionários absorvem a pressão de uma estrutura cada vez mais enxuta.

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Uma reestruturação

Embora o Santander possua operações em diversos continentes, o Brasil foi um dos países que mais sofreram com o impacto.

O país detém cerca de 24,6% de todas as agências da marca no mundo, mas lidera com folga o ranking de encerramentos.

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A disparidade em relação a outros mercados expõe uma política de cortes desproporcional:

Ao todo, o grupo encerrou 665 unidades globalmente, o que significa que mais de 80% dos cortes mundiais ocorreram em território brasileiro.

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Um caos no presencial

A extinção de agências físicas gera um problema logístico imediato.

Quando o banco encerra uma unidade, ele redireciona milhares de contas para a agência sobrevivente mais próxima.

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Essa manobra sobrecarrega o sistema de senhas e esgota a capacidade de atendimento dos bancários.

O movimento sindical alerta para um cenário de adoecimento profissional.

Com menos mão de obra para atender a uma demanda crescente, os trabalhadores enfrentam jornadas exaustivas e metas de vendas de produtos financeiros que ignoram o tempo necessário para prestar um suporte de qualidade ao público.

Cidades menores são as que mais sofrem

O impacto atinge com maior força as cidades pequenas e as periferias das grandes metrópoles.

Para muitas destas comunidades, a agência física representa o único meio de acesso a serviços complexos ou o ponto de apoio para quem possui baixa literacia digital, como os idosos.

O argumento da “digitalização” esbarra na realidade brasileira.

Embora os canais digitais facilitem transações simples, para muitos, eles não substituem o atendimento presencial para a resolução de fraudes, problemas com cartões ou consultoria de investimentos.

Além disso, essas decisões afetam a acessibilidade de quem depende do dinheiro físico e do suporte humano.

Posicionamento do Santander:

Conforme citamos acima, o Santander justifica os fechamentos de agências físicas pela adaptação à preferência dos clientes por canais digitais.

Em tese, todas essas mudanças não tem nenhuma relação com crises e sim uma busca pela redução de custos e otimização de recursos, apesar de todas as críticas envolvendo essa decisão.

Não foram localizadas manifestações extras sobre o assunto, no entanto, o espaço continua aberto caso representantes do banco queiram expor mais detalhes sobre a decisão.

O que o cliente deve fazer em caso de fechamento de agência bancária?

Se a sua agência fechou, o banco transfere sua conta automaticamente para outra unidade. No entanto, você possui direitos:

Mas, para saber mais informações sobre os outras histórias bancárias, clique aqui*.

Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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