Simone Tebet fala sobre possível revisão no Bolsa Família
Em entrevista ao Bastidores CNN, em abril de 2025, Simone Tebet refletiu sobre a importância de mudanças e revisões no Bolsa Família, que devem ocorrer a partir de 2026.
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Primeiramente, a Ministra do Planejamento revelou que o modelo atual do programa pode incentivar a informalidade entre parte dos beneficiários.
“Em alguns momentos, a gente verifica que o Bolsa Família, no nível que está, ele, de uma certa forma, estimula a informalidade. Não é que ele seja o fator principal da informalidade, nós temos ‘N’ razões para a informalidade”, disse Simone Tebet.
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Em seguida, Simone Tebet admitiu que o Governo Federal considera o Bolsa Família uma política pública essencial.
Mas a ministra reforçou que precisa de aperfeiçoamentos para continuar cumprindo seu papel de forma eficiente.
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“O Bolsa Família é um programa essencial, que precisa ser preservado. Qualquer revisão mais ampla, estrutural, só pode ser feita com calma, a partir de 2026, com base em dados e diálogo com a sociedade”, reforçou a Ministra.
O discurso de Simone Tebet ocorreu após a divulgação de um relatório do Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO), que analisou como o Bolsa Família impacta o mercado de trabalho.
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De acordo com o MPO, a atual regra de proteção pode não estimular de forma suficiente a formalização do emprego.
A regra da proteção permite que famílias que superam o limite de renda de R$ 218 por pessoa continuem recebendo 50% do benefício por até um ano.
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De acordo com informações do portal CNN, o relatório será enviado ao Ministério do Desenvolvimento Social como subsídio técnico para discussões futuras sobre possíveis ajustes nas regras do programa.
Possíveis mudanças
Além disso, Simone Tebet destacou que o objetivo do governo é fortalecer o Bolsa Família e aumentar sua capacidade de promover autonomia entre os beneficiários.
De acordo com a ministra, o relatório não diminui a relevância do programa, mas demonstra que o governo está atento e comprometido com melhorias.
“Embora a gente tenha feito um avanço para estabelecer que a pessoa que conseguir emprego, mesmo com carteira de trabalho, recebendo o Bolsa Família, vai ficar por dois anos recebendo metade do programa social, é preciso algo mais para garantir a formalidade. Isso não vai ser suficiente”, disse Tebet.
Em seguida, a ministra citou a possibilidade de expansão de programas de qualificação profissional e parcerias com empresas privadas.
Por fim, a ministra defendeu que a indústria desempenha um papel mais ativo ao capacitar e contratar beneficiários.
“Nós precisamos que vocês acolham essas famílias, qualificando essas famílias para que eles possam ir direto para a indústria. Porque o salário da indústria é muito bom, ele tem uma média de R$ 2.400″, disse a ministra, que continuou:
“Então é óbvio que uma família com salário de R$ 2.400, ela sai para formalidade, ela vai para carteira de trabalho e ela abre mão do Bolsa Família até para a gente pegar esse valor do Bolsa Família e dar para famílias que mais precisam”, disse Tebet.
Valor do Bolsa Família para 2026
Por fim, o Governo Federal não incluiu reajustes do valor mínimo do Bolsa Família para o ano de 2026.
De acordo com a proposta de Orçamento de 2026, o valor mínimo segue em R$ 600 com os adicionais, que variam de acordo com o perfil da família:
- Benefício Primeira Infância (BPI): Extra de R$ 150 por criança de até sete anos incompletos
- Benefício Variável Familiar (BVF): Extra de R$ 50 para gestantes
- Benefício Variável Familiar (BVF): Extra de R$ 50 para crianças/adolescentes entre 7 e 18 anos incompletos
- Benefício Variável Familiar Nutriz (BVN): Extra de R$ 50 por membro da família com até sete meses incompletos
