O que começa como “apenas uma pequena multa” pode acabar em tragédia

Atenção, motoristas e donos de veículos! Infrações leves podem levar a fins trágicos e o acumulo de pequenas multas indica falta de atenção no trânsito

É só estacionar rapidinho na calçada. É só passar um pouco acima da velocidade permitida. Ou, é só um deslize no uso do cinto.

Pequenas infrações como essas, cometidas diariamente em todo o país, acabam sendo muitas vezes tratadas com descaso, tanto por quem dirige quanto por quem presencia.

Afinal de contas, quem nunca levou uma pequena multinha? Mas essa banalização, que parece inofensiva à primeira vista, esconde um risco muito maior.

Conforme apurado pelo TV FOCO, segundo o Registro Nacional de Infrações de Trânsito – RENAINF, em fevereiro de 2025, o Brasil registrou mais de 6,4 milhões de infrações de trânsito em um único mês.

A maioria dessas infrações foi classificada como leve ou média. Ainda assim, especialistas alertam: não é o valor da multa que define o risco, e sim o comportamento que a motivou.

Pequenos atos de imprudência, que geram multas leves, quando somados, constroem um padrão perigoso, muitas vezes invisível até o momento em que uma tragédia se concretiza.

O começo de um problema maior

Uma infração leve pode parecer insignificante quando isolada. Estacionar em local proibido, por exemplo, pode acabar sendo visto apenas como uma questão de conveniência.

Mas esse tipo de escolha demonstra a postura de quem acredita que as regras podem acabar ignoradas se houver uma justificativa pessoal.

É esse mesmo tipo de raciocínio que, com o tempo, pode evoluir para atitudes mais graves, como ultrapassagens perigosas, desrespeito a semáforos ou excesso de velocidade.

O “não tem ninguém olhando” vira “vou arriscar”, e o que era só uma multa de R$ 88,38 pode terminar com sirenes, vidas perdidas e famílias devastadas.

Acúmulo de pequenas infrações e multas são um sinal de alerta

Há ainda o mito de que quem só recebe multas leves é, na prática, um bom motorista. Mas acumular pequenas infrações não é sinal de habilidade, é sinal de descuido recorrente.

É como quem constantemente esquece de apagar o fogão. Pode não causar incêndio hoje, mas a negligência está lá, insistente, esperando o momento de causar estrago.

Cada infração, por menor que pareça, representa um rompimento com o que foi pensado para manter o trânsito seguro. Quando esses atos se tornam rotineiros, a imprevisibilidade aumenta, e com ela, os riscos de acidentes.

Naturalizar pequenas infrações é normalizar o perigo

Muitos motoristas já não se incomodam mais em cometer pequenas infrações. Essa prática, tão difundida, alimenta uma cultura de informalidade no trânsito.

Quando esse tipo de atitude se torna aceitável, acaba sendo aberto um espaço para tolerar erros maiores. E tragédias não nascem de grandes atos de irresponsabilidade apenas, elas geralmente começam com um hábito errado que foi ignorado por tempo demais.

Considerações finais

• É preciso repensar o que consideramos “normal” no trânsito.
• A segurança não está apenas nas grandes campanhas ou nas blitzes de fim de semana.
• Ela está nos pequenos gestos diários de respeito às regras.
• Porque cada regra, cada placa, cada semáforo, existe por um motivo, e desrespeitá-los, mesmo que pareça inofensivo, pode custar uma vida.
• No trânsito, o que começa como o pensamento de que “vou só levar uma pequena multa” pode, sim, acabar em tragédia.
• E por isso, todo cuidado é pouco, principalmente com aquilo que já virou costume.

Qual o valor das multas de trânsito?

Os valores das multas de trânsito no Brasil variam conforme a gravidade da infração, conforme previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Existem quatro categorias principais:

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