Falência, despejo e deixada no meio da rua: O que levou essa emissora, popular como a Globo, ao buraco

Falência, despejo e abandono no meio da rua: O colapso de uma das mais populares emissoras, tão grande como a Globo.

27/06/2025 8h50

4 min de leitura

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Emissora de televisão entra em decadência após falência e até calote (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/TV Foco/GMN)

Falência, despejo e abandono no meio da rua: O colapso de uma das mais populares emissoras, tão grande como a Globo, deixa milhares de telespectadores em choque

E uma das maiores e mais influentes emissoras brasileiras nas décadas de 50 e 60, tão popular quanto a Globo, teve seu fim decretado após uma sequência de:

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  • Crises financeiras;
  • Crises administrativas;
  • Problemas estruturais.

Fatores que culminaram na perda da concessão, despejo da sede e, literalmente, no abandono das suas operações em meio às ruas.

Trata-se da TV Continental, cuja história de ascensão e queda se tornou um marco sobre como até gigantes da comunicação podem sucumbir diante de erros graves e falta de apoio, deixando milhares de telespectadores e profissionais desamparados.

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Sendo assim, a partir de informações divulgadas pelo portal Wiki e o canal TV Formosa, do YouTube, a equipe especializada em bastidores e fatos históricos, do TV Foco, traz todos os detalhes do que fez ela ir para o buraco.

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TV Continental (Foto: Reprodução/Internet)

Fundação e auge da TV Continental:

Fundada pelos irmãos Carlos, Murilo e Rubens Berardo, a TV Continental estreou no cenário brasileiro como a terceira emissora de televisão do país, com a presença do então presidente Juscelino Kubitschek em sua inauguração.

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Com uma programação de qualidade, pioneirismo técnico — incluindo a utilização do videotape, uma inovação para a época — e contratos com nomes como Elizeth Cardoso e Agnaldo Rayol, a emissora rapidamente se tornou referência no mercado.

O início da crise – Anos 70:

A partir do início da década de 70, a situação da TV Continental começou a se deteriorar de maneira acelerada.

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Tudo apontava para uma crise multifacetada, que incluiu:

  • Atrasos frequentes no pagamento dos salários dos funcionários;
  • Falta de investimentos em equipamentos;
  • Condições precárias das instalações.
Emissora TV Continental acabou de forma decadente e envolvida em diversos calotes (Foto: Reprodução/Montagem/TV Foco/Internet)

Desde então, a emissora passou a enfrentar dificuldades para atrair anunciantes, fator crucial para a sustentabilidade financeira.

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Artistas da casa passaram por dificuldades extremas, sofrendo desnutrição e necessidades básicas, pois a empresa era inadimplente com eles.

O episódio evidenciou ainda mais o colapso interno e a negligência da direção frente aos seus profissionais.

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O despejo e decadência:

Dificuldades crescentes fizeram a TV Continental perder a sede.

Além disso, ela passou a transmitir programas de um caminhão, deixado no meio da rua, criando um cenário surreal para um ícone da TV.

Essa situação extrema expôs ao público a fragilidade e o colapso do que antes era uma potência midiática.

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Falência da TV Continental foi declarada em fevereiro de 1972 (Foto: Reprodução/ História da TV)

Quando a falência da TV Continental foi decretada?

Em 22 de fevereiro de 1972, o então presidente Emílio Garrastazu Médici assinou um decreto cassando a concessão da emissora e decretou a falência da TV Continental.

A decisão baseou-se em sugestões do Conselho Nacional de Telecomunicações (CONTEL).

Ele considerou que a emissora estava fora do ar e tinha o pedido de falência aprovado pela justiça.

Reações dos envolvidos e defesas da empresa:

Até o momento, não há registros de manifestações oficiais recentes por parte dos herdeiros ou antigos executivos da TV Continental sobre o desfecho da emissora.

Documentos históricos e apurações indicam que a situação foi consequência de uma combinação de:

  • Má gestão interna;
  • Dificuldades econômicas da época;
  • Perda de espaço para concorrentes emergentes, especialmente a Globo.
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Em entrevistas históricas, membros da direção admitiram dificuldades financeiras, mas atribuíam o colapso principalmente à conjuntura econômica e à falta de políticas públicas eficazes para apoio ao setor audiovisual naquele período.

No entanto, nenhuma defesa oficial contestou a decisão judicial que decretou a falência, tampouco o processo de cassação da concessão.

O que restou da TV Continental?

Após o fechamento, o empresário e apresentador Silvio Santos adquiriu os principais ativos da TV Continental, como a torre e os transmissores.

A compra surpreendeu o mercado, pois muitos acreditavam que os equipamentos não tinham mais valor.

Na realidade, essa aquisição possibilitou a criação da TVS, emissora que, anos depois, implementaria a transmissão em cores antes do sistema oficial no Brasil, em 1972, um feito técnico inovador para a época.

Conclusão:

Em suma, a TV Continental, uma emissora de enorme relevância para a história da televisão brasileira, viu seu legado ser encerrado de forma abrupta e dolorosa devido a uma sequência de crises financeiras, administrativas e estruturais.

Seu fechamento, marcado pelo despejo e pela perda da concessão, expõe as fragilidades enfrentadas pelo setor em momentos de crise.

Apesar do fim trágico, seus equipamentos deram origem a novas fases na televisão do país, simbolizando que, mesmo em meio à ruína, o progresso técnico pode se reerguer. Mas, se você quer saber mais sobre histórias e falências envolvendo emissoras, clique aqui*

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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