O que sentimos na hora da morte? Ciência explica

Entre o mistério e a ciência: Descubra o que se sabe sobre o momento da morte
Embora o fim da vida ainda cause calafrios e permaneça cercado de incógnitas, a ciência já é capaz de explicar parte do que acontece nos últimos instantes da existência.
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Em suma, a medicina define a morte, neurologicamente, como a cessação irreversível das atividades do sistema nervoso central.
Ou seja, o cérebro para definitivamente de funcionar e esse desligamento pode ocorrer de forma abrupta ou progressiva, dependendo da causa.
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Em mortes por falência múltipla dos órgãos, o organismo desativa gradualmente sistemas menos vitais para preservar os essenciais — como cérebro, coração e rins.
Em paradas cardíacas, a falta de oxigênio leva à morte dos neurônios em poucos minutos.
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Como o cérebro se apaga?
De acordo com o portal CNN, o neurocirurgião Fernando Gomes, do Hospital das Clínicas de São Paulo, compara o processo a um ônibus que colide:
- Os sistemas vitais desaceleram antes de entrar em colapso;
- Na prática, isso significa que o cérebro pode desligar em etapas;
- Em UTIs, aparelhos e medicamentos mantêm os órgãos funcionando mesmo após a morte encefálica;
- Mas sem atividade cerebral, não há consciência — nem possibilidade de retorno.
Qual é a diferença entre morte cefálica e coma?
MAS ATENÇÃO! A morte encefálica não pode ser confundida com o coma.
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Segundo o neurologista Felipe Chaves Duarte, do Hospital Sírio-Libanês, trata-se de um estado irreversível, no qual o paciente perde todas as funções cerebrais, inclusive as responsáveis pela respiração e percepção do ambiente.
Ou seja, ainda que os órgãos possam seguir funcionando por um tempo com suporte artificial, a pessoa já não existe como indivíduo.
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O que mostram os estudos sobre os instantes finais?
Uma das pesquisas mais citadas sobre o tema foi publicada na Frontiers in Aging Neuroscience.
Cientistas monitoraram a atividade cerebral de um paciente de 87 anos durante uma parada cardíaca.
Eletrodos implantados previamente por causa da epilepsia captaram, nos segundos anteriores e posteriores à morte, ondas gama — associadas a processos como memória, sonho e meditação profunda.
A hipótese é que o cérebro, sob estresse extremo, entre num estado de hiperatividade breve.
Seria um tipo de “filme da vida”, no qual memórias emocionalmente marcantes emergem de forma intensa.
O achado oferece uma possível explicação neurofisiológica para os relatos de experiências de quase morte.
Alucinação ou estado alterado?
Sensações de flutuar, ver um túnel de luz ou rever entes queridos aparecem com frequência em relatos de quem passou por situações-limite.
Esses episódios, segundo os neurologistas, podem ser resultado da liberação maciça de neurotransmissores como:
- Dopamina;
- Noradrenalina;
- Endorfinas.
O trio gera conforto, euforia e alívio e, ainda que haja quem interprete essas vivências como espirituais, a ciência aponta para respostas bioquímicas do cérebro sob risco extremo.
Como lidar com o luto?
Do ponto de vista emocional, a morte impõe um desafio intenso para quem fica.
No entanto, o período de luto é reconhecido pela Organização Mundial da Saúde como potencial transtorno mental apenas quando se prolonga.
Neste caso, exige-se um cuidado ainda maior por parte de amigos e familiares.
Mas, cada pessoa processa a perda de forma única:
- Fazer uma terapia;
- Se conectar com a espiritualidade;
- Manter vínculos afetivos.
Tudo isso pode ajudar a construir significados e seguir adiante.
Conclusão:
Em suma, a ciência não responde a todas as perguntas sobre o fim da vida — e talvez nunca responda.
Mas ela já consegue explicar com precisão partes do que ocorre quando o corpo morre e o cérebro se desliga.
Ainda que o mistério persista, o conhecimento ajuda a lidar com o incontrolável: saber o que acontece pode não eliminar o medo, mas transforma a morte em um fenômeno menos abstrato — e mais humano.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.
