R$32 milhões em dívidas e falência decretada: O triste fim de fábrica de calçados gigantesca após crise

Tv Foco mostra hoje atrizes brasileiras dos anos 1990 já chegaram aos 50 anos, mas continuam arrancando suspiros por onde passam.
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Fábrica de calçados decretou falência deixando funcionários no maior desespero (Foto Reprodução/Montagem/Tv Foco)

Fábrica gigantesca de calçados teve sua falência decretada e situação teve esse desfecho

E uma importante fábrica voltadas a confecção de sapatos, após acumular dívidas teve a sua falência decretada pela Justiça e um triste desfecho, após crise, que deixou muita gente chocada.

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Estamos falando da fábrica de calçados, do Grupo São Francisco, localizado em São Francisco de Paula (RS)  e Parobé (RS). Sua falência foi decretada pela Justiça, em meados de abril de 2023.

Mar de dívidas e escândalo

De acordo com o portal Exclusivo, a empresa estava afundada em dívidas que somadas chegavam ao valor de R$ 32,7 milhões. Vale mencionar que o empreendimento havia feito pedido de recuperação judicial e o plano seria votado pelos credores neste mês.

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No entanto, cerca de 158 funcionários da companhia foram surpreendidos ao chegarem para trabalhar e encontrar as portas da fábricas completamente fechadas e sem os maquinários.

Fábrica de calçados, do Grupo São Francisco, decretou falência deixando milhares de funcionários na mão (Foto Reprodução/Internet)

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O mais escandaloso nisso tudo é que conforme foi despachado pelo Juiz de Direito da Vara Regional Empresarial de Novo Hamburgo, Alexandre Kosby Boeira, houve a constatação de abandono do empreendimento e de que a retirada dos equipamentos era para evitar que fossem vendidos para a quitação das dívidas.

Em nota, o Juiz constata a comprovação do abandono do negócio e desvio patrimonial, tendo plena caracterização da insolvência e convolação da recuperação judicial em falência.

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Foi também constituído o modo mais célere de recuperação e realocação dos ativos do empreendimento inviável, a fim de, por um lado, zelar pelo bom funcionamento das estruturas de mercado e por outro maximizar seu valor para que os credores possam ser minimamente satisfeitos.

O Titular da Vara de Recuperação Judicial de Novo Hamburgo, Alexandre Kosby Boeira (Foto Reprodução/OAB)

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Ainda de acordo com o portal Exclusivo, a empresa informou que a crise foi agravada pela pandemia de Covid-19, que impactou a produção e consequentemente, o faturamento.

Funcionários na mão

Em Parobé/RS, a empresa mantinha 120 funcionários.

Conforme o presidente do Sindicato dos Sapateiros de Parobé (Sindparobé) e da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçado e Vestuário do RS (FETICVERGS), João Pires, há alguns anos a calçadista não cumpria com as suas obrigações trabalhistas.

Foi alegado por ele que a mesma não depositava o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) dos funcionários, além disso a empresa não cumpria com os pagamentos das rescisões.

Segundo ele, os trabalhadores estavam recebendo suporte do sindicato para garantir o que era de direito.

Ainda conforme Pires, por meio da Justiça, o sindicato dos trabalhadores conseguiu recuperar dois caminhões com máquinas que haviam sido retiradas da fábrica de Parobé.

Já na cidade de São Francisco de Paula/RS, a calçadista empregava 38 funcionários.

Sindicato dos Trabalhadores do Calçado e Vestuário de Gramado (Foto Reprodução/Internet)

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Calçados e Vestuário de Gramado, Canela e São Francisco de Paula, Nelson, Gross, há cerca de um ano a empresa não depositava o FGTS dos trabalhadores.

De acordo com ele,  a empresa havia solicitado o parcelamento do pagamento do FGTS e que também não estava sendo cumprido.

Conforme o dirigente, o sindicato está dando suporte aos demitidos na solicitação do Seguro-Desemprego e na regularização dos pagamentos do FGTS.

Qual foi o desfecho da falência da fábrica?

Segundo o que foi publicado pelo portal GZH, o advogado Diego Estevez, que era o administrador judicial da empresa na recuperação judicial, foi quem relatou à Justiça sobre o esvaziamento da fábrica.

Desse modo, a empresa foi lacrada, e também foi organizado um leilão com os bens que sobraram.

 

Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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