Montadora de sucesso que faliu no Brasil

Para se manter como uma montadora de carros e não entrar em falência é necessária uma ótima gestão, qualidade em seus automóveis e inovação para com seus clientes.

Porém, o jogo de cintura necessário para estar nesse tipo de mercado às vezes sai dos eixos, como foi o caso de uma montadora que fabricou milhares de carros no Brasil e se afundou em dívidas e falência.

A fabricante de automóveis brasileira, desenvolvidos pelo engenheiro João Augusto Conrado do Amaral Gurgel que de acordo com informações do site Uol era um engenheiro e industrial brasileiro, nascido em Franca, no interior de São Paulo.

E em 1987, ele conseguiu tornar realidade seu maior sonho de construir um carro 100% nacional levando seu sobrenome na marca.

Foi então, que o empresário montou em 1969, na Avenida do Cursino, em São Paulo a fábrica de carros que levava o seu nome (mudou sua sede para Rio Claro, em 1975). A montadora produziu aproximadamente 30 mil veículos brasileiros da gema durante seus 27 anos de existência.

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COMO A EMPRESA GURGEL FOI A FALÊNCIA?

Segundo informações da UOL, a empresa Gurgel havia batido seu recorde em vendas ao comercializar 3.746 carros no ano de 1991, mas caiu para 1.671 em 1992 devido a greve de funcionários da alfândega brasileira em 1991, que impediu a chegada de componentes da Argentina.

A quebra no ritmo da produção e o fluxo de caixa da empresa e as dívidas se acumularam, reduzindo a produção do utilitário da marca Gurgel e aumentando a concorrência com a marca rival  Volkswagen levando Gurgel em direção à falência.

Portanto, sem apoio do governo, a Gurgel pediu concordata em junho de 1993 para ir à falência.

Em uma última tentativa de salvar a fábrica para não ir à falência, em 1994, foi feito um pedido ao governo federal para um financiamento de 20 milhões de dólares à empresa, mas este foi negado, e a fábrica foi declarada falida em 1994.

Em meio à declaração de falida pelo governo, a empresa conseguiu recorrer da decisão de decretação de falência e ficou ativa até setembro de 1996.

Após muitas tentativas de venda do terreno da fábrica e seus veículos abandonados em questão, Gurgel só foi leiloada em 2007 por quase R$16 milhões.

O dinheiro foi usado para pagar suas próprias dívidas trabalhistas que chegaram a quase R$20 milhões e a Gurgel deixou um lastro de R$280 milhões em dívidas.

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