O valor e destino da herança de Marcos Matsunaga, que foi esquartejado por Elize

Entenda se Elize Matsunaga, condenada pelo assassinato do marido Marcos Matsunaga, recebeu algo da herança e como a legislação brasileira age
Em 2012, o assassinato e esquartejamento do empresário Marcos Matsunaga, executado pela então esposa, Elize Matsunaga, chocou o país não apenas pela violência cometida, como pela frieza e precisão do crime.
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Mais de uma década depois, o caso continua a gerar questionamentos sobre a destinação do patrimônio deixado pelo empresário. Será que, mesmo condenada pelo homicídio, Elize recebeu algum valor? Ou a totalidade da fortuna foi destinada apenas aos filhos e demais herdeiros?
Sendo assim, com base nas informações divulgadas pelo perfil da advogada Alice Valgas e pela obra de Ullisses Campbell, trazemos abaixo os valores e destino dessa herança milionária.
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A divisão:
Marcos e Elize eram casados sob o regime de comunhão parcial de bens, pelo qual se compartilham os bens adquiridos durante a união, com algumas exceções legais.
Durante o casamento, o empresário acumulou um patrimônio significativo, incluindo imóveis, veículos de luxo e investimentos, estimados em valores milionários. Entre os bens, destacava-se uma adega avaliada em cerca de R$ 1,8 milhão.
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De acordo com os registros judiciais e a biografia não autorizada escrita por Ullisses Campbell, Elize teria recebido aproximadamente R$ 900 mil, referentes à sua meação metade dos bens adquiridos em comum.
No entanto, é importante diferenciar meação de herança:
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- Enquanto a herança é o conjunto de bens, direitos e obrigações deixados pelo falecido aos herdeiros;
- A meação corresponde apenas à parcela do patrimônio adquirida durante o casamento.
Mas então Elize Matsunaga recebeu valores mesmo assim?
Em suma, apesar da condenação pelo homicídio, a legislação brasileira não impede a partilha da meação.
Contudo, Elize foi considerada indigna de receber a herança de Marcos, já que a lei proíbe que alguém que cometeu crime contra o falecido seja beneficiado.
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A filha do casal, por sua vez, ficou com a maior parte da fortuna, assegurando o cumprimento das regras de sucessão previstas no Código Civil.
O direito sucessório brasileiro garante aos filhos a chamada legítima, metade dos bens, e estabelece direitos do cônjuge sobrevivente de acordo com o regime de bens.
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No caso de Elize, seu possível recebimento de R$ 900 mil reflete apenas a aplicação dessas normas, mesmo em um contexto marcado por crime e condenação.
A defesa:
Mas, de acordo com o portal Aventuras na História, a resposta, o advogado de defesa de Elize negou todas as afirmações de Campbell.
Em nota oficial, Luciano Santoro afirmou que “Elize foi deserdada e não recebeu absolutamente nada de Marcos Matsunaga”.
Ainda mais, a defesa pontuou que:
“É bobagem acharem que [Elize] matou seu marido por dinheiro, o que foi provado por mim no Júri que não foi”.
Por fim, Santoro ainda nega as afirmações de que sua cliente é uma psicopata:
“Há laudos oficiais [judiciais] que atestam o contrário [e reafirmo aqui que Elize não é psicopata” – Afirmou ele.
Ou seja, segundo ele, todos esses laudos que comprovam o suposto diagnóstico teriam sido comprados pela família Matsunaga.
No entanto, mesmo que isso seja real, não se pode negar que o episódio evidencia a tensão entre:
- A legislação civil;
- Moral pública;
- Ética familiar.
Afinal de contas, esse caso de Elize provocou debate sobre justiça, limites do direito sucessório e a aplicação da lei em situações extremas.
Mas, para saber mais sobre esse caso, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.