Como diz o ditado, ‘os opostos se atraem’, e assim é o envolvimento de Jove e Juma.

Aos 30 anos, Jesuíta Barbosa encara um papel que está na memória afetiva do público que acompanhou a primeira versão de “Pantanal”, em 1990 no passado. Ele interpreta Jove e viverá um amor explosivo com Juma (Alanis Guillen).

O mocinho da segunda fase de “Pantanal”, ganhou outras nuances no remake da Globo assinado por Bruno Luperi. O ator destacou que seu personagem está “mais feminino” para encaixar com o perfil de Juma, mais masculino em entrevista ao Notícias da TV.

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O ator conta que o casal jovem que nasce nesta segunda fase da novela das nove da Globo se completa, mas não tem nada de tradicional. “Jove vai para o Pantanal, depois ele traz a Juma à cidade. Eles voltam de novo ao Pantanal. Então, tem toda uma ida e um retorno, que eu acho que é o que vai equilibrando as forças. Mas é violento [o relacionamento] sempre“, comenta o intérprete.

Jesuíta Barbosa revela que a proposta de Bruno Luperi, que adapta o texto de seu avô Benedito Ruy Barbosa, escritor da primeira versão exibida pela extinta TV Manchete, é a de criar algo novo. Os dois representam energias opostas dentro do folhetim da Globo. Juma é uma mulher criada no mato, acuada, em constante luta pela sobrevivência como um “bicho selvagem”.

Já o playboyzinho teve um leque enorme de opções e se vê totalmente fora do seu habitat  ao chegar no Pantanal, porém extremamente atraído pelo novo.

“Teve uma fricção, tipo energia mais elevada, mais agressiva até. Na verdade, o que eu quero dizer é que só muito depois é que entendi a melhor forma de encontro deles dois, porque a Juma tem uma coisa particular nela, uma intensidade muito silenciosa. Essa ideia do bicho, do que poderia ser a onça, desse predador, desse ser mitológico, instintivo. A paixão do Jove é muito mais pelo que não é entendido por ele de primeira”, disse Jesuíta Barbosa.

Jove (Jesuíta Barbosa) e Juma (Alanis Guillen) em ‘Pantanal’ (Foto: Reprodução / Globo / João Miguel Júnior)

REMAKE TERÁ MUDANÇAS DA VERSÃO ORIGINAL

Para o intérprete do protagonista da segunda fase de “Pantanal”, o remake da novela da Globo traz como diferencial discussões que estão presente nas novas gerações sobre sexualidade e empoderamento, que não tinha na época do folhetim nos anos 90.

“Eu acho que tem uma possibilidade de discutir também esse outro lado, que é o lado que cria esse conflito na relação dele com o pai. É uma coisa extremamente delicada. Não fica essa coisa impositiva, paternalista, do pai que quer que o filho seja peão, que seja macho”, contou o ator da Globo.

O intérprete de Jove, diz acreditar que a história da novela consegue criar um efeito em cima do atrito que foi apresentado 32 anos após a versão original de “Pantanal”. O ator adianta que o telespectador não enxergará tudo logo de cara. Os embates vão acontecendo capítulo após capítulo até ficarem de pé.

“É um um personagem que se envolve de forma antagônica, porque ele chega da cidade, é um cara urbano. E vai para um um ambiente que é completamente diferente do que ele vive. Eu acho que [o Jove] é a tradução dessa nova história, dessa novela que a gente está fazendo agora”, declarou Jesuíta Barbosa.

Jove (Jesuíta Barbosa) e Juma (Alanis Guillen): os protagonistas da nova fase de ‘Pantanal’ (Foto: Reprodução / Globo)

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