Volante é confirmado como reforço e ganha papel importante para jogar ao lado de Marcos Antônio no São Paulo de Crespo

Luiz Gustavo viveu meses de angústia até poder, enfim, receber a notícia que tanto esperava: está liberado para voltar a jogar pelo São Paulo. Diagnosticado com tromboembolismo pulmonar em abril, pouco antes de uma partida contra o Atlético-MG, o volante precisou encarar um tratamento longo e cuidadoso.

Foram dias de internação, exames complexos e um protocolo rígido para garantir que sua saúde não correria nenhum risco. Porém, o jogador, que chegou a ficar três dias hospitalizado no Albert Einstein, saiu do hospital apenas no dia 8 de abril e iniciou uma batalha silenciosa fora dos gramados, na tentativa de retomar a carreira sem pressa, mas com confiança.

O caminho não foi nada simples. Em junho, quando os médicos permitiram que ele voltasse a dar os primeiros passos dentro do CT, Luiz Gustavo parecia ansioso como um garoto da base. Eram exercícios leves, movimentos controlados, corridas curtas que pareciam pequenas vitórias a cada repetição.

Pouco depois, em 25 de julho, veio a chance de treinar com os companheiros, ainda sem contato físico, mas já respirando o ambiente coletivo que tanto faz falta a quem vive de futebol. A última etapa do processo se completou em 15 de setembro, quando exames mais detalhados, confirmaram que tudo estava bem.

Luiz Gustavo vai poder jogar pelo Sâo paulo?

Agora, a partir de 20 de setembro, ele pode vestir a camisa do São Paulo novamente. A data marca também o fim da medicação anticoagulante que o acompanhou ao longo desses meses.

Para o técnico Hernán Crespo, não se trata apenas de ganhar mais uma opção no elenco. No entanto, significa contar com um jogador experiente que pode mudar a dinâmica do meio-campo, oferecendo segurança defensiva e mais equilíbrio em momentos decisivos.

Contudo, durante esse período, Luiz Gustavo precisou respeitar limites que, muitas vezes, frustravam seu desejo de acelerar a volta. Atividades de impacto foram cortadas, treinos intensos só ocorreram quando os médicos deram sinal verde, e a paciência se tornou uma arma tão importante quanto qualquer chute ou desarme.

Além disso, ele alternou dias de trabalhos individuais, reforço muscular e sessões ao lado do grupo, sempre com a sensação de estar um pouco mais perto do objetivo.

Por fim, o retorno tem peso dentro e fora de campo. Para o elenco, representa a força de quem enfrentou uma condição grave e voltou a sorrir com a bola nos pés. Porém, para a comissão técnica, amplia as opções num calendário cheio, com Libertadores, Brasileirão e Copa do Brasil exigindo muito do grupo. E para a torcida, renova a esperança de ver o time mais encorpado em jogos decisivos.

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