Participante do The Voice Brasil foi sincero e confirmou ser soropositivo: “Vivo com HIV desde 2017”

Leandro Bueno, do ‘The Voice Brasil’, assumiu ser soropositivo

No final do ano passado, Leandro Bruno, participante do ‘The Voice Brasil’, da Globo, foi ao programa ‘Encontro’, que na época era comandado por Fátima Bernardes.

Na atração, o cantor soltou a voz, falou sobre sua vida e até comentou sobre o fato de ser soropositivo.

“Vivo com HIV desde 2017. É muito interessante ver que não é uma sentença de morte como era há 20 anos atrás. O preconceito ainda permeia pela falta de informação e de interesse da população em falar sobre o assunto. É um estigma ainda falar sobre HIV e Aids”, disse ele, ao vivo, no ‘Encontro’.

Além disso, o participante do ‘The Voice Brasil’, ainda expôs que muitas pessoas não sabem a diferença entre Aids e HIV e então, tentou tirar essa dúvida do público, que assistia ao programa.

“Muita gente não sabe a diferença entre o HIV e a Aids. A Aids é um estado em que o HIV está avançado, em que você realmente está doente. O HIV é apenas o vírus que está em contato com o corpo”, começou ele.

E continuou: “Essa nebulosidade em torno do assunto cria um estigma desnecessário. A falta de informação faz com que o preconceito ainda permeia, mas a gente está evoluindo assim como o tratamento”.

MOMENTO EM QUE LEANDRO BRUNO FALOU PELA PRIMEIRA VEZ SOBRE VIVER COM HIV

O cantor, que fez grande sucesso no ‘The Voice Brasil’, falou pela primeira vez sobre o assunto no dia 12 de maio de 2020, onde usou seu perfil oficial no Instagram para assumir conviver com o HIV e fazer um forte desabafo com seus seguidores.

“Ser gay e soropositivo num país que trata ambos os assuntos de forma tão distante e pejorativa, não é assim tão fácil. Pertenço a um grupo que aparenta sempre ter que viver atrás de um muro, tendo que medir as palavras, os trajetos omitir para ser ‘aceito’ e tentar se encaixar no que aparentemente é o ideal”, começou Leandro Bueno.

E continuou: “O maior vírus que enfrentamos hoje é o da ignorância, e assim como o HIV ele também não tem cara, nem escolhe orientação sexual. Hoje eu uso a minha voz para contribuir para que uma parcela da sociedade seja vista e respeitada como merece”.

Por fim,  ainda deu um conselho às pessoas que vivem igual a ele.

“Não tenha vergonha daquilo que você realmente é, e entenda os propósitos que o universo coloca na sua vida. Suas diferenças se tornam ainda mais incrível”, finalizou ele.