Patrícia França revela aborrecimento com novela de Walcyr Carrasco no passado


Patrícia França (Foto: Roberto Teixeira/EGO)
A atriz Patrícia França é bastante antiga nas novelas, tendo participado de grandes produções da TV brasileira, no entanto, ela revela uma insatisfação do passado, na novela “A Padroeira”, de Walcyr Carrasco, que está sendo reprisada atualmente na TV Aparecida.
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No folhetim, ela era Blanca de Sevilha, uma espanhola que foge da Inquisição e chega ao Brasil colônia, mas nos bastidores, ela acabou se aborrecendo com as mudanças na direção. O diretor Walter Avancini precisou se afastar e a trama ficou sob os cuidados de Roberto Talma.
“Na primeira leitura com elenco, eu propus aquela espanhola realmente falando em espanhol. Eu não sou fluente em castelhano, mas sei o essencial para me virar. Todos ficaram surpresos. Ele [Avancini] bancou a minha história. Ele disse, ‘mantenha’. Eu achei muito bacana”, explica ela ao UOL.
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“Era um diretor ousado e que esteve sempre à frente. Ele entendeu o que eu estava propondo e arriscando”, afirma, mas com a chegada do novo diretor, ela reclama: “Baixou essa ordem que não podia mais fazer esse acento tão forte. Eu deixei só o sotaque”.
“Isso foi bem difícil para mim e para todo mundo. Se, talvez, o Avancini tivesse continuado na novela, houvesse dado um jeito de as pessoas aceitarem… Isso me preocupou na época porque havia esse problema de falarem que estava castelhano demais. Eu diria que foi um balde de água fria”, completa.
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“Mas eu entendo que é diferente do cinema, por exemplo. Na televisão você precisa falar para os mais diversos públicos, então é natural que aconteça isso. Hoje talvez eu lidaria de maneira diferente. Na época, eu fiquei chateadíssima”, ressalta.

Patrícia França em “A Padroeira” (Foto: Divulgação)
“Eu entendi como é importante colocar o ego de lado e entender que é preciso ceder sem necessariamente se anular. É encontrar o meio-termo. Foi a minha primeira personagem com um vilanismo e um desprendimento. Até então, eu era atriz nordestina que tinha um sotaque nordestino”, afirma.
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“Ali eu era uma espanhola. Uma coisa completamente diferente de tudo o que as pessoas podiam esperar. Eu tive que realmente compor um personagem com tintas mais fortes. Era de certo modo uma caricatura. É a espanhola de leque que fala com sotaque. Era icônica”, completa.
Ela também falou sobre a personagem Rosa, exibida atualmente na reprise de “A Escrava Isaura”, na Record, e elogia: ”Era uma personagem muito boa. Eu não tinha motivo para negar. O projeto também era bom. Tinha o Herval Rossano, uma pessoa com estrada na televisão, encabeçando o projeto”.
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“Naquele momento, parecia que a Record estava realmente investindo em teledramaturgia. Foi uma belíssima retomada, de abertura do mercado de teledramaturgia no Brasil. Foi um papel muito importante porque inaugurei uma nova fase da minha carreira. Eu me vi fazendo comédia. Meu trabalho foi muito bem recebido pela crítica e público”, conta.
E sobre seu retorno à Globo, na temporada de 2014 de “Malhação”, ela afirma: “Fiquei muito feliz e um pouco temerosa porque era um produto que nunca tinha feito. Era aquele medo: ‘Será que vai dar certo? Será que vão gostar de mim?’ Uma insegurança natural. Mas foi uma volta muito feliz”.
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