Pedido de falência e mais de 500M em dívidas: Rede de móveis n°1 das donas afunda em país

Rede de móveis nº 1 das donas de casa pede falência e revela rombo superior a meio milhão de dólares
O mercado de móveis personalizados e de luxo nos Estados Unidos acaba de sofrer mais um abalo relevante.
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A Worthy’s Run Furniture, tradicional fabricante de armários e mobiliário sob medida em madeira maciça, nº1 entre as donas de casa, entrou oficialmente com pedido de falência sob o Capítulo 11, Subcapítulo V, da legislação americana.
O caso revela uma dívida que pode ultrapassar US$ 500 mil e escancara a crise que atinge em cheio o setor — até mesmo marcas elogiadas pela qualidade artesanal e pela fidelidade de seu público.
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A equipe especializada em economia do TV Foco, baseada em informações do portal O Antagonista, traz abaixo mais detalhes sobre essa situação e como está a situação geral do mercado norte-americano.
A ascensão e o colapso de uma marca de prestígio
- Fundada em 2006 em Hagerstown, Maryland, por Todd Gladfelter, a Worthy’s Run conquistou espaço entre consumidores exigentes com móveis feitos sob medida, sem o uso de peças pré-fabricadas ou processos industriais.

- Suas ilhas de cozinha, bares de vinho e armários premium, com preços que variavam de US$ 2.180 a mais de US$ 12.000, ocupavam lugar de destaque em residências de alto padrão.
- Apesar da clientela fiel e do acabamento refinado, a empresa não conseguiu resistir às pressões do cenário econômico recente.
A inflação elevada, o aumento dos custos de insumos, a escassez de mão de obra qualificada e a queda nas vendas imobiliárias criaram um ambiente hostil até para os negócios mais consolidados.
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Pedido de falência oficial
Infelizmente, no dia 28 de maio de 2025, a Worthy’s Run Furniture protocolou seu pedido de falência no Tribunal de Falências do Distrito de Maryland, solicitando proteção judicial sob o Subcapítulo V do Capítulo 11.
Pequenas empresas usam esse tipo de processo para reestruturar dívidas e tentar manter as operações, sem liquidar imediatamente os ativos.
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A documentação apresentada ao tribunal aponta ativos avaliados entre US$ 0 e US$ 100 mil, enquanto os passivos chegam a uma faixa de US$ 100 mil a US$ 1 milhão.
Essa desproporção significativa indica um grau severo de fragilidade financeira.
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Inclusive, o número de credores listados pela empresa é inferior a 50, o que, em tese, poderia facilitar negociações para um eventual plano de recuperação.

Tramitação judicial e próximos passos
No início de junho, o tribunal autorizou medidas urgentes, incluindo uso de caixa colateral, essencial para cobrir despesas operacionais básicas na reestruturação.
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Também foi marcada audiência para 12 de junho de 2025, quando será avaliada a situação financeira da empresa e seu plano emergencial.
Administrador judicial foi nomeado para acompanhar o caso e deve apresentar relatório preliminar na reunião de credores marcada para 30 de junho.
Até o momento, não foram localizadas declarações públicas por parte da Worthy’s Run ou de seus representantes legais.
Os autos indicam recursos disponíveis para pagamento parcial a credores sem garantia, sugerindo tentativa de continuidade das atividades, mesmo que em escala reduzida.

Como está o setor varejista nos Estados Unidos?
A falência da Worthy’s Run não é um episódio isolado.
Desde 2024, fabricantes e redes varejistas do setor mobiliário têm sucumbido à instabilidade macroeconômica:
- A American Freight, do Franchise Group, entrou com pedido de falência no fim do ano passado, conforme podem ver por aqui*.
- A Progressive Furniture, fornecedora de grandes redes como Walmart, Amazon e Target, anunciou o fechamento completo de suas operações.
- A Prepac transferiu a produção ao EUA, encerrando 170 empregos sindicalizados na Colúmbia Britânica, após tarifas impostas pelo governo Trump afetarem custos no Canadá.
Ou seja, esses movimentos refletem um setor em mutação, que não poupa nem os players mais tradicionais.
Conclusão:
Em suma, a Worthy’s Run Furniture sucumbiu à pressão de um mercado cada vez mais instável e hostil às pequenas fabricantes artesanais.
O pedido de falência representa não apenas a queda de uma marca de prestígio, mas também o sinal de alerta para um setor inteiro.
Por fim, sem reformas estruturais e adaptação à nova realidade de consumo, o luxo sob medida pode se tornar insustentável.
Mas, para saber mais sobre essas histórias de falências, retomadas e muito mais, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.