Posso perder a aposentadoria se voltar a trabalhar? O que o INSS diz

Descubra se o aposentado do INSS pode voltar ao mercado de trabalho sem risco de perder o benefício e veja dicas para planejar o valor do benefício
O cenário econômico brasileiro, marcado pelo aumento do custo de vida e pela perda do poder de compra, acaba obrigando milhares de aposentados do INSS a retornarem ao mercado de trabalho.
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Muitos buscam complementar a renda para arcar com despesas médicas, moradia, alimentação e ajudar familiares, outros procuram fazer o salário como uma reserva para planos complementares como viagens e até mesmo comprar bens de consumo.
Apesar de ser uma escolha legítima, essa decisão levanta uma dúvida importante: voltar a trabalhar pode fazer o aposentado perder ou ter suspenso o benefício previdenciário?
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A resposta depende do tipo de aposentadoria recebida e das regras legais que a regulamentam.
O que diz a lei sobre aposentados que voltam a trabalhar?
De acordo com os dados oficiais, a legislação previdenciária não proíbe que aposentados exerçam atividades remuneradas.
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Porém, a lei estabelece restrições em casos específicos para evitar situações incompatíveis com o benefício recebido.
- 1. Aposentadoria por incapacidade permanente (antiga aposentadoria por invalidez): O INSS concede essa aposentadoria quando o segurado apresenta incapacidade total e definitiva para o trabalho.
Se o aposentado retornar voluntariamente a qualquer atividade remunerada, o INSS entende que houve recuperação da capacidade laboral. Nesse caso, o benefício é cancelado automaticamente a partir da data de retorno ao trabalho.
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Exemplo prático: Um trabalhador que sofreu um acidente grave e recebeu aposentadoria por invalidez decide aceitar um emprego compatível com sua antiga função. Ao assumir o novo posto, o INSS cancela o benefício.
- 2. Aposentadoria especial (atividades insalubres ou perigosas): Essa aposentadoria é destinada a segurados que trabalharam por longos períodos expostos a riscos à saúde ou à integridade física, como ruído excessivo, calor, produtos químicos ou eletricidade.
Após se aposentar por essa modalidade, o segurado não pode continuar trabalhando em funções que apresentem riscos semelhantes.
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No entanto, ainda pode exercer atividades que não tenham caráter insalubre ou perigoso.
Exemplo prático: Um metalúrgico aposentado por trabalhar em ambiente com ruído acima do limite legal aceita um emprego como auxiliar administrativo. Como essa função não oferece risco, o INSS permite a permanência no benefício.
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Quais são as obrigações de quem volta ao mercado?
Mesmo aposentado, o segurado que retorna ao trabalho precisa contribuir para a Previdência Social sobre o salário recebido.
MAS ATENÇÃO! Essa contribuição não dá direito a uma nova aposentadoria ou a benefícios como auxílio por incapacidade temporária.
Mas, a lei garante:
- Salário-família: Pago a trabalhadores de baixa renda com filhos de até 14 anos ou inválidos;
- Assistência para reabilitação profissional: Caso o trabalhador tenha limitações que exijam readaptação.
Como planejar o dinheiro da aposentadoria em 3 passos?
Conforme até citamos acima, a volta ao mercado de trabalho pode ser estratégica para reforçar a renda, mas sem organização financeira, o dinheiro extra pode se perder em gastos desnecessários.
Sendo assim, seguir um planejamento ajuda a garantir segurança no presente e no futuro.
- Organize um orçamento realista: Registre todas as fontes de renda e despesas, separando custos fixos (aluguel, contas de luz, água) e variáveis (lazer, transporte). Além disso, use planilhas ou aplicativos para visualizar e controlar o fluxo de caixa;
- Construa uma reserva de emergência: Guarde mensalmente uma parte da renda extra em aplicações seguras, como poupança ou Tesouro Selic. O ideal é acumular o equivalente a três a seis meses de despesas para imprevistos;
- Reduza dívidas e evite novos financiamentos: Priorize o pagamento de dívidas com juros altos, como cartão de crédito e cheque especial. Quanto menos compromissos financeiros, maior a liberdade para usar a renda da aposentadoria de forma tranquila.
Mas, para saber mais informações do INSS, clique aqui. *
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.