Perigo na panela: ANVISA comunica proibição de tempero popular e decreta retirada imediata dos mercados

Tempero popular sob suspeita: ANVISA determina proibição diante de uma suposta contaminação envolvendo um ingrediente essencial da culinária brasileira
Se tem uma coisa que brasileiro sabe usar, e muito bem, são os temperos! Pimenta, coentro, sal e até mesmo a canela são itens essenciais em qualquer panela…
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Aliás, a canela, ingrediente milenar, é considerada um dos condimentos mais antigos e valorizados, tanto no Brasil quanto em diversas culturas ao redor do mundo.
Utilizada desde a antiguidade por diferentes civilizações, ela conquistou espaço definitivo na gastronomia.
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No Brasil, seu uso é especialmente marcante, uma vez que ela está presente em:
- Pratos tradicionais;
- Celebrações populares;
- Sobremesas familiares.
Desempenhando assim um papel fundamental no aroma, sabor e identidade de receitas consagradas.
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Diante do amplo consumo da canela em diversas regiões do país, manter a vigilância sobre sua qualidade é uma necessidade básica de saúde pública.
Afinal de contas, as autarquias sanitárias, como a ANVISA, atuam para fiscalizar e garantir que os produtos ofertados estejam livres de contaminações, adulterações e substâncias indevidas.
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Quando um ingrediente tão presente no cotidiano revela sinais de não conformidade, os riscos atingem milhões de consumidores.
Inclusive, foi o que ocorreu ainda neste fim de junho, quando uma das marcas mais populares do tempero representou um “perigo” às panelas e recebeu uma ordem de retirada imediata da ANVISA após risco.
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Sendo assim, a partir desse comunicado oficial da autarquia, a equipe especializada em fiscalização e serviços do TV Foco traz mais detalhes dessa proibição e os motivos por trás dela.
Lote retirado:
Pois é, conforme dito acima, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária determinou o recolhimento e a suspensão do lote 371LAG2419 da Canela da China em pó, da marca Kinino, produzida pela empresa H.L. do Brasil Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios Ltda.
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A decisão foi publicada no Diário Oficial da União no dia 18 de junho de 2025.
A determinação ocorreu após análises laboratoriais constatarem a presença de amido, componente não característico da canela.
Além disso, o lote apresentou resultados insatisfatórios nos testes de elementos histológicos e detectou-se a presença de matérias estranhas, tanto macroscópicas quanto microscópicas.

Esses achados configuram não conformidade com a legislação sanitária vigente, o que levou à imediata suspensão do produto em questão.
MAS ATENÇÃO! A medida afetou somente o lote mencionado. Ou seja, os demais lotes e linhas da marca permanecem sem qualquer tipo de restrição no mercado.
Posicionamento da empresa e impacto no mercado:
Até o momento, não há registros públicos de manifestações por parte da empresa Kinino em defesa do produto ou explicações sobre os resultados da análise.
Também não foram identificadas notas de esclarecimento ou ações de recall voluntário anteriores à determinação da Anvisa.
No entanto, o espaço segue em aberto.
Mas, é bom frisar que a marca possui presença consolidada no mercado de condimentos e que o caso se trata de uma situação isolada.
Quais os riscos existem em uma canela adulterada?
O consumo de canela adulterada, como no caso do lote 371LAG2419 da marca Kinino, pode representar riscos reais à saúde, especialmente devido aos seguintes fatores detectados:
1. Presença de amido (substância não característica da canela):
O amido é um composto que, embora não seja tóxico por si só, não deve estar presente em especiarias puras como a canela. Sua presença pode indicar:
- Fraude econômica, ou seja, adulteração para baratear o produto;
- Risco para pessoas com restrições alimentares específicas, como celíacos, caso o amido seja derivado de trigo, cevada ou centeio e não esteja indicado no rótulo;
- Redução no valor nutricional e funcional esperado da canela verdadeira.

2. Elementos histológicos inadequados:
Essa avaliação se refere à estrutura microscópica do produto. Quando há presença de tecidos ou materiais vegetais incompatíveis com a canela:
- Há risco de contaminação cruzada com outras espécies vegetais, algumas potencialmente alergênicas ou tóxicas.
- Pode indicar uso de matéria-prima de origem duvidosa ou sem controle de qualidade.
3. Presença de matérias estranhas (macroscópicas e microscópicas):
Por fim, a detecção de partículas ou impurezas, como fragmentos de insetos, fibras não alimentares ou resíduos diversos, pode representar:
- Falta de higiene e boas práticas de fabricação.
- Risco biológico direto, como infecção gastrointestinal, contaminação por fungos ou bactérias.
- Potencial reação alérgica ou irritação digestiva, especialmente em pessoas sensíveis.
Conclusão:
Em suma, a canela integra de forma sólida a cultura alimentar brasileira, valorizada por seu sabor e tradição.
Justamente por isso, é essencial que sua qualidade seja garantida por todos os elos da cadeia produtiva.
Sendo assim, o recolhimento do lote da Kinino serve de alerta para consumidores e fabricantes.
A atuação da ANVISA reafirma a importância da fiscalização contínua, preservando a confiança em produtos amplamente consumidos pela população. Mas, para saber sobre outras histórias e marcas, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.