Estudo recente liga o consumo de um dos adoçantes mais usados, ao aumento do risco de AVC e infarto; Saiba o que a ciência descobriu e quais alternativas existem
Durante anos, os adoçantes figuraram como aliados quase incontestáveis para quem busca reduzir de forma significativa o consumo de açúcar sem abrir mão do sabor doce. Entre os mais populares, o eritritol se destacou por reunir múltiplos benefícios.
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Por ter um sabor agradável, índice glicêmico praticamente nulo, nenhuma caloria significativa e ampla presença em produtos “zero açúcar”, como bebidas diet, sobremesas, gomas de mascar e produtos para diabéticos, ele acabou virando uma coqueluche entre os que necessitam manter essa alternativa na rotina alimentar.
Ainda mais entre aqueles que seguem restrições à glicose, dietas de baixo carboidrato ou que apenas tentam cortar calorias.
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Mas esse cenário mudou. Um novo e robusto estudo da Universidade do Colorado em Boulder acendeu um sinal de alerta, uma vez que essa opção está se tornando (de certa forma) cada vez mais venenosa.
De acordo com o portal O Globo, cientistas descobriram que o eritritol pode não ser tão inofensivo quanto se pensava.
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Inclusive, uma pesquisa, publicada no Journal of Applied Physiology, acompanhou 4 mil pessoas ao longo de três anos e identificou uma relação direta entre altos níveis circulantes de eritritol no sangue e um aumento estatisticamente relevante no risco de acidente vascular cerebral (AVC) e infarto.
No experimento, os pesquisadores expuseram células humanas dos vasos sanguíneos cerebrais a níveis de eritritol compatíveis com os de uma única bebida adoçada com o composto.
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O resultado foi preocupante:
- As células passaram a produzir menos óxido nítrico, substância essencial para a dilatação dos vasos , e endotelina-1, que provoca a contração vascular.
- Além disso, a exposição ao adoçante reduziu drasticamente a produção de t-PA, composto natural do corpo responsável por dissolver coágulos sanguíneos.
- Também houve aumento de radicais livres, associados à inflamação e ao envelhecimento celular precoce.
Qual alternativa sobra para quem faz uso de adoçantes à base de eritritol?
Christopher DeSouza, professor de fisiologia integrativa e autor sênior do estudo, declarou ao site SciTechDaily que o trabalho traz nova luz sobre os potenciais riscos dos adoçantes tidos como seguros.
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Ele destacou ainda que a pesquisa simulou o consumo de uma única dose de eritritol.
O que levanta preocupações maiores sobre os efeitos acumulados de quem ingere múltiplas porções ao dia.
Os dados laboratoriais ainda exigem validação clínica em larga escala, mas já indicam uma linha de raciocínio coerente com achados anteriores.
O que sugere que um consumo frequente pode comprometer funções vasculares e elevar riscos cardiovasculares.
Embora o eritritol ainda esteja regulamentado e permitido em vários países, os pesquisadores pedem reavaliação dos limites de segurança à luz dessas evidências.
Sendo assim, especialistas recomendam cautela e moderação. Para quem busca adoçantes com melhor perfil metabólico, existem alternativas como:
- Estévia;
- Xilitol em pequenas quantidades;
- Uso limitado de açúcar natural.
MAS ATENÇÃO! Nenhum substituto é 100% neutro, portanto, caso você necessite fazer uso de qualquer uma dessas alternativas, busque uma orientação médica antes.
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