Por que é liberado vender chocolate com barata no Brasil?

O irresistível sabor do chocolate e seus bastidores surpreendentes; Saiba o motivo por trás da liberação de se vender chocolates com fragmentos de barata no Brasil
O chocolate ocupa um lugar de destaque na culinária brasileira, não apenas como sobremesa ou ingrediente de receitas tradicionais, mas como símbolo de afeto, celebração e conforto.
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Presente em festas, lembranças e momentos cotidianos, ele é um dos alimentos mais consumidos do país.
No entanto, por trás da doçura e da cremosidade, há um detalhe pouco conhecido — e, para muitos, perturbador: A liberação de fragmentos de insetos, incluindo baratas, na composição do chocolate.
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Esquisito sim, mas tem explicação:
Pois é, apesar de deliciosos, os chocolates vendidos no Brasil carregam um aspecto pouco divulgado.
Mas, de acordo com as normas da própria Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), produtos alimentícios industrializados, incluindo o chocolate, podem conter traços de insetos e outros contaminantes naturais, dentro de certos limites.
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Parece estranho, mas essa tolerância não é exclusiva do Brasil — ela segue padrões técnicos usados em várias partes do mundo.
A ANVISA autoriza a presença de fragmentos de insetos em chocolates com base na Resolução RDC nº 14/2014, que define os limites de “matérias estranhas” toleradas em alimentos industrializados.
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Segundo esse regulamento, até 10 fragmentos de insetos não indicativos de risco à saúde podem estar presentes em cada 100 gramas de chocolate.
Esses fragmentos podem ser microscópicos e não visíveis a olho nu, mas sua presença é inevitável em processos de produção em larga escala.
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Mas, por que chocolates podem ter fragmentos de baratas?
No entanto, por mais bizarro que isso possa ser, essa autorização não representa um descuido com a higiene. Pelo contrário: trata-se de um reconhecimento técnico das limitações da indústria.
Durante a colheita, o transporte e o processamento de matérias-primas, como o cacau, é quase impossível eliminar completamente microcontaminações por insetos.
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Afinal de contas, por mais que as fábricas adotem boas práticas de fabricação e contem com rigorosos controles sanitários, não há tecnologia capaz de identificar e eliminar todos os fragmentos microscópicos antes do processamento térmico dos alimentos:
- Esses fragmentos são processados junto ao alimento, submetidos a altas temperaturas, o que reduz a carga microbiana a níveis considerados seguros.
- O verdadeiro risco surge apenas se houver contaminação posterior ao processamento, quando o produto já deveria estar livre de qualquer agente biológico perigoso.
- Nesse caso, insetos vivos ou inteiros podem representar um risco real de doenças, além de desencadear reações alérgicas em pessoas sensíveis, como urticárias, enxaquecas ou crises de asma.
Apesar da repulsa que essa informação possa causar, a ingestão de fragmentos de insetos é algo inevitável em muitos alimentos, mesmo nos mais fiscalizados.
Além do chocolate, produtos como farinhas, queijos, biscoitos e massas também estão sujeitos à mesma realidade – conforme podem ver por aqui*.
Conclusão:
Em suma, o chocolate continua sendo um dos prazeres mais queridos da mesa brasileira, mas sua produção envolve desafios técnicos e naturais.
A presença mínima e controlada de fragmentos de insetos é tolerada por normas sanitárias e não representa, em condições normais, um risco à saúde.
A regulamentação da ANVISA busca equilíbrio entre segurança alimentar e os limites da produção em larga escala.
Entender esses bastidores nos permite consumir de forma mais consciente, sem alarmismo — mas com olhos mais atentos à cadeia alimentar.
Mas, para saber mais sobre outras histórias estranhas e até mesmo sobre marcas, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.