A TV Globo, por meio do Jornal Nacional , assumiu na noite de ontem o seu apoio às rédeas militares instauradas no Brasil – fato que ocorreu “do dia para a noite” – que o diga Jango.

É inegável que a postura da emissora deixa gregos perplexos e troianos exaltados, afinal esses últimos são videntes do bem e do mal.

Claro que a sensação primeira é de queda das referências, principalmente quando a ambiência é jornalística, meio responsável pelo enlace de uma nação, instigando a reflexão, as nossas decisões e o porquê delas serem tomadas. Mas não nos esqueçamos de uma coisa: uma nação politizada, introspectiva, democrática e ativa, é constituída por seres capazes de decidir e serem decisivos. Não basta retirar a folha estragada da erva do plantio; cada um de nós representa o jardineiro ou cultivador das próximas árvores.

Sem delongas: A TV Globo existe porque nós existimos, o bom e o mal jornalista se alimenta do néctar que lhe oferendamos. Em outras palavras, somos a causa e o efeito. Vi-me por muito tempo tecendo críticas à Rede Globo, como se isso me fizesse melhor do que o monstro que eu mesmo ajudei a criar.

Sem hipocrisia: Aprender a separar o joio do trigo é necessidade vital.

Não tenho tempo para procurar culpados, agora faço o jogo inverso: tento consertar o trincado. E nessa batalha, escolho o lado dos gregos perplexos.

Texto enviado por: Wellington Gonçalves

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