Primeira transexual de Malhação fala sobre preconceito: ‘Para a pessoa trans não é permitido amor’

Tv Foco mostra hoje atrizes brasileiras dos anos 1990 já chegaram aos 50 anos, mas continuam arrancando suspiros por onde passam.

09/05/2018 11h56

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Gabriela Loran em Malhação (Foto: Divulgação)
Gabriela Loran em Malhação (Foto: Divulgação/ Globo)

Gabriela Loran em Malhação (Foto: Divulgação/ Globo)

Primeira transexual a aparecer na novela Malhação, Gabriela Loran, que faz a Priscila, falou sobre as polêmicas envolvendo a sexualidade.

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Sua personagem ensina Leandro (Dhonata Augusto) a dançar usando salto alto. “O Brasil é o país que mais mata pessoas como eu”, declarou em entrevista para Gabriel Perline do Notícias da TV. “A importância de ser a primeira atriz trans em Malhação é enorme”, comentou.

“Tem uma responsabilidade muito grande, porque estou representando um monte de gente que não se sentia representada. Tanto que recebo mensagens de meninas que voltaram a assistir a TV por conta disso. E não só para nós, pessoas trans, como também para pessoas que não entendem e que não conhecem”, disse.

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Aos 24 anos, Gabriela passou pela transição há dois, com total apoio dos pais e respeito dos amigos. “Quando comecei a minha transição de gênero era uma coisa nova para mim e para a minha família, que sempre esteve ao meu lado e nunca me questionou nada. Houve um estranhamento de início. Quando você começa a se ver se transformando, caminhando e se identificando consigo mesma, realmente é muito bom. E a minha família foi muito receptiva. Eles são meu alicerce. Nunca me questionaram e sabiam que era um momento muito meu”, revelou.

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“Quando a Gabi Medeiros [produtora de elenco] me convidou para fazer o teste eu já sabia que era a minha vez. Sabia. Porque quando eu li a descrição da personagem, era muito parecida comigo. Fiquei muito feliz logo de cara”, afirmou.

Na trama, ela falará abertamente sobre seu gênero e não será vítima de preconceito. “Lido com o preconceito de maneira sutil. Preconceito é ignorância. Quando a sociedade não entende uma coisa, ela quer repelir aquilo. Tanto que nós dizemos que as pessoas vivem à margem da sociedade, porque para a pessoa trans não é permitido amor, afeto e diversas coisas. Mas estamos mudando esse universo e essa realidade”, comentou.

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“Sei que tem leis que me defendem. Quando me sinto constrangida em algum ambiente eu procuro sempre me embasar em leis. Não grito e não faço escândalo. Mostro para a pessoa que ela está equivocada e tento inverter o papel, mostrar que sou um ser humano e que ela está tendo uma atitude ignorante. Na maioria das vezes saio bem-sucedida na modificação do indivíduo. Mas quando é uma pessoa muito ignorante eu não perco o meu tempo. Ou viro as costas e saio andando, ou filmo [o agressor] e processo”, disparou.

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Formado em jornalismo, fui um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.

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