
Produtor da série Narcos encontrado morto (Foto: Netflix/Divulgação)
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Um assassinato pegou de surpresa a equipe da premiada série Narcos, da Netflix. Um dos produtores da série, Carlos Muñoz, foi encontrado morto com marcas de tiros em uma área rural conhecida pela grande violência no Estado do México.
De acordo com informações do jornal El País, Munõz foi encontrado morto dentro de um carro. Ele viajava para o local a fim de fotografar locações para a produtora, e teria sido vítima de uma perseguição que acabou resultando em sua morte.
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A Netflix já se pronunciou sobre o ocorrido, reconhecendo o falecimento do produtor da história do traficante Pablo Escobar:
“Sabemos do falecimento de Carlos Muñoz Portal, um respeitado gerente de locações, e oferecemos nossas condolências a seus familiares. Os fatos ainda são desconhecidos, já que as autoridades continuam investigando os fatos”.
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FILHO DE PABLO ESCOBAR CRITICA “NARCOS”
Em entrevista ao jornal espanhol “El Periodico”, Sebastian Marroquin, filho do narcotraficante, morto em 1993, criticou as produções, que segundo ele, “glorificam” e “glamorizam” os crimes praticados pelo seu pai, entre elas “Narcos”.
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“Hoje há um culto à violência, para o qual colaboram as séries feitas sobre meu pai. Não me oponho que se conte histórias, mas sim que se glorifique os crimes e se mostre o narcotráfico de forma glamourosa. Isso confunde os jovens”, disse.
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“Todo o dia recebo muitas mensagens de jovens pedindo ajuda para ser como o meu pai. Querem ser bandidos, me mandam mensagens vestidos como ele, com seu bigode, seu penteado e seus trejeitos, fazendo uma ode à violência. As séries o converteram em um herói e têm instalado nos jovens a ideia de que o narcotráfico é cool”, declarou.
Marroquin disse que as produções sobre Escobar manipulam a realidade e não explicam quem de fato foi o narcotraficante. Ele ainda revela que chegou a procurar a Netflix para oferecer acesso ao arquivo que mantém com itens do pai, mas o retorno do serviço de streaming não foi o esperado.
“Preferiram as invenções dos roteiristas que escrevem da Califórnia sobre a verdade que sofremos na própria carne e da qual tiramos lições. O triste é que agora haverá quem acredite que a realidade foi como a contada na série”, afirmou.