AIDS e câncer: Qual estrela de Ti Ti Ti morreu após 2 diagnósticos cruéis?

Relembre a trajetória de uma grande atriz, a qual brilhou na novela Ti Ti Ti, mas que, infelizmente, morreu após dois diagnósticos devastadores
A novela Ti Ti Ti estreou em 1985 e rapidamente se transformou em um marco da teledramaturgia nacional. Escrita por Cassiano Gabus Mendes, a novela uniu humor, moda e rivalidade de forma inédita, capturando o espírito leve e criativo da década de 80.
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A trama girava em torno da disputa entre os estilistas Jacques Leclair (Reginaldo Faria) e Victor Valentin (Luís Gustavo), dois criadores que, entre desfiles e armações, conquistaram o público com uma narrativa divertida e elegante.
Mais do que uma comédia de costumes, a trama refletiu uma nova fase da televisão brasileira, em que personagens femininas ganhavam mais autonomia e complexidade, e a estética moderna começava a dominar as telas.
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O elenco reunia nomes que se tornaram ícones e, entre eles, Sandra Bréa, que viveu Jacqueline Mendonça, a elegante e sofisticada gerente do ateliê do estilista Jacques Leclair.
Mais sobre a atriz
Nascida Sandra Bréa Brito em 11 de maio de 1952, no Rio de Janeiro, ela começou a carreira como modelo e logo migrou para o teatro e a televisão.
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A beleza marcante abriu portas, mas foi o talento que consolidou sua trajetória. Ainda nos anos 1970, ela brilhou em produções como O Bem-Amado, Escalada e Duas Vidas, tornando-se um dos rostos mais populares da Globo.
Inclusive, o público se encantou com sua naturalidade em cena e com a força que imprimia às falas mais simples.
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Enfrentando tabus com coragem
No entanto, nos anos 90, Sandra Bréa tomou uma decisão que a transformou em símbolo de coragem.
Em 1993, ela revelou publicamente ser portadora do vírus da AIDS, posteriormente ao diagnóstico confirmado após um acidente de carro, devido à precisão de uma transfusão de sangue.
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O gesto foi considerado de rara bravura, uma vez que, na época, o tema ainda era tratado com muito preconceito e desinformação.
Mas essa revelação não saiu barato para ela e teve impacto nacional. Infelizmente, Sandra perdeu contratos, foi afastada da TV e sofreu discriminação.
Mesmo assim, manteve a postura altiva e usou sua visibilidade para combater o estigma da doença.
Falava abertamente sobre a necessidade de empatia e tratamento digno para pessoas soropositivas, antecipando um debate que o país só enfrentaria anos depois.
Um triste adeus
Nos anos seguintes, além da luta contra o HIV, Sandra enfrentou outro diagnóstico devastador, o de câncer de pulmão, diagnosticado no fim da década de 90, mais precisamente em 1990.
Mas, diante do prognóstico dado pelos médicos, os quais haviam dado apenas seis meses de vida, ela optou por não se tratar com quimioterapia, mantendo-se cercada de amigos e longe dos holofotes.
Infelizmente, ela morreu no dia 4 de maio de 2000, aos 47 anos, no Rio de Janeiro.
A atriz deixou um legado que ultrapassa a teledramaturgia: foi uma mulher que ousou viver com liberdade em todos os sentidos.
Sua trajetória inspirou gerações e permanece como um retrato de força e autenticidade em um tempo que cobrava silêncio das mulheres.
Onde assistir à versão clássica de Ti Ti Ti em 2025?
A novela original de 1985, com Reginaldo Faria, Luís Gustavo e Sandra Bréa, está disponível no Globoplay.
Inclusive, a plataforma mantém o título em seu catálogo de clássicos restaurados, permitindo que novas gerações revisitem a produção que marcou a TV brasileira e redefiniu o humor das novelas.
Mas, para saber mais sobre a Globo e suas novelas, clique aqui*.
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

