Relembre o legado de Ricardo Boechat no jornalismo brasileiro. Conheça sua trajetória e legado deixado após sua morte, causada por acidente aéreo
O Bom Dia Brasil estreou em 1983 e rapidamente se consolidou como um dos principais meios da informação matinal na Globo. Sua relevância transcendeu a simples reunião de notícias, uma vez que o telejornal moldou o hábito de milhões de brasileiros, servindo como referência de credibilidade, análise aprofundada e cobertura de assuntos nacionais e internacionais, com entrevistas e participações ao vivo.
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Entre os inúmeros jornalistas que fizeram história no Bom Dia Brasil, um nome se destaca pela intensidade e pelo estilo inconfundível: Ricardo Boechat.
Infelizmente, um trágico acidente aéreo matou o jornalista, e as principais emissoras noticiaram o fato, causando choque entre os telespectadores, que já conheciam sua postura ácida e pertinente.
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A seguir, revisitamos a carreira brilhante de Boechat e os detalhes que marcaram o contexto de sua morte:
Trajetória
Nascido em Buenos Aires em 13 de julho de 1952, Boechat construiu uma das carreiras mais respeitadas do Brasil, com passagens por grandes veículos impressos como O Globo, O Dia, O Estado de São Paulo e Jornal do Brasil.
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Em 1997, Boechat iniciou sua colaboração como comentarista no Bom Dia Brasil, um papel que transformaria o tom do telejornal.
Ele não se contentava em apenas ler a notícia, ele a dissecava com seu estilo direto, humor ácido e, acima de tudo, uma paixão palpável pela justiça e pela verdade.
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Além disso, a sua presença trouxe uma análise política e social de alto nível para a manhã da TV aberta.
De acordo com o portal da CBN, seu ex-colega, Renato Machado, capturou perfeitamente o impacto de sua atuação: “Ele tinha as indignações do dia. A cada dia, ele pegava um material que merecesse análise e falava mais tempo sobre aquilo. Sobretudo se fosse material que causasse alguma revolta”.
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Boechat desafiava políticos e status quo, dando voz à indignação do cidadão comum.
Reconhecimento e multitalento inigualável
A excelência de Boechat foi atestada por uma coleção de prêmios que raramente se vê na área.
Conforme publicado em uma matéria do G1, ele conquistou três prêmios Esso e múltiplos Prêmios Comunique-se – Conforme podem ver por aqui*
Todo esse reconhecimento sublinha sua versatilidade e a profundidade de seu impacto em diferentes mídias.
Como foi o acidente que matou Ricardo Boechat?
Infelizmente, a voz marcante de Ricardo Boechat foi silenciada em 11 de fevereiro de 2019, aos 66 anos.
O evento que chocou o país ocorreu em um acidente aéreo por volta do meio-dia, em uma área próxima ao Rodoanel Mário Covas e à Rodovia Anhanguera, em São Paulo.
Boechat retornava de Campinas, onde havia ministrado uma palestra, a bordo de um helicóptero pilotado por Ronaldo Quattrucci, que também faleceu.
Veja o vídeo abaixo com mais informações sobre o acidente:
A aeronave tentou um pouso de emergência e acabou caindo na alça de acesso do Rodoanel, atingindo um caminhão.
A apuração do CENIPA (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos) concluiu que a causa primária do sinistro foi a falha no motor da aeronave, decorrente de sérias deficiências na manutenção.
O rompimento de um rolamento foi ligado à falta de lubrificação, e o laudo revelou que um componente crítico não era revisado adequadamente havia décadas.
Mas, apesar da forma abrupta e trágica de sua partida, o legado de Boechat é inquestionável.
Ele elevou o padrão do debate e inspirou uma geração de jornalistas a usar a crítica como ferramenta de transformação social, garantindo que sua integridade, ética e paixão pela verdade permaneçam vivas no jornalismo brasileiro.
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