Adeus: Qual supermercado foi à falência no Brasil por calote de R$11M?

Adeus: Qual supermercado foi à falência no Brasil por calote de R$11M?; veja o que aconteceu com uma rede conhecida
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Qual supermercado foi à falência no Brasil por calote de R$11M? (Foto: Reprodução/Montagem TV Foco)

Falência do Mercado Soares surpreende consumidores e deixa rombo milionário

A falência do mercado Soares pegou de surpresa muitos consumidores e abalou o comércio de Campo Grande. Conhecida como uma das redes de supermercados mais promissoras da cidade, a empresa deixou para trás prateleiras vazias, portas fechadas e uma longa lista de credores.

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Com dívidas que ultrapassam R$ 11,7 milhões, a empresa entrou em colapso. O processo de falência envolve mais de 60 partes, incluindo bancos, fornecedores, ex-funcionários e até órgãos públicos. A situação é crítica: não há dinheiro suficiente para pagar todos, e muitos credores sabem que dificilmente receberão o que lhes é devido.

Entre os prejudicados estão grandes instituições financeiras, distribuidores, cooperativas de crédito e entidades governamentais como o Estado e a Prefeitura de Campo Grande.

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Fundado em 2016 como um negócio familiar, o supermercado cresceu rápido, especialmente durante a pandemia de Covid-19. Chegou a operar seis unidades e faturar até R$ 7 milhões por mês. Mas, por trás do sucesso, havia um descontrole financeiro crescente.

Em 2023, os primeiros sinais da crise apareceram. Pagamentos começaram a atrasar, dívidas com fornecedores se acumularam e, para piorar, um desfalque interno de R$ 400 mil agravou o cenário. Em setembro do mesmo ano, a empresa pediu recuperação judicial, mas o plano foi considerado inviável. Em julho de 2024, o juiz José Henrique Neiva de Carvalho e Silva decretou oficialmente a falência.

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Qual a decisão da Justiça sobre o supermercado?

Após a decisão judicial, a administradora da massa falida iniciou a busca por ativos. A expectativa era recuperar parte das dívidas, mas a realidade foi decepcionante. Muitos equipamentos desapareceram, veículos estão em disputa judicial e o estoque remanescente é quase inexistente.

Os bancos também tentam minimizar prejuízos. O Banco do Brasil cobra mais de R$ 1 milhão de financiamento, e o Banco Volkswagen busca recuperar três veículos. Enquanto isso, o Estado de Mato Grosso do Sul tenta reaver R$ 65,8 mil em impostos atrasados.

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Os ex-funcionários do supermercado também sofrem com a falência. Muitos não receberam verbas rescisórias e dependem da ordem de pagamentos da Lei de Falências, que prioriza trabalhadores, depois tributos e, por último, bancos e fornecedores.

Além disso, um dos casos em destaque é o de Anderson Henrique de Souza, que cobra R$ 54,4 mil em direitos trabalhistas. No entanto, com poucos bens disponíveis, as chances de pagamento integral são pequenas.

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A defesa do Mercado Soares alegou que tentou renegociar as dívidas e culpou a crise econômica e o desfalque interno pelo colapso. Entretanto, a realidade é que a empresa não conseguiu se reerguer e agora deixa um alerta sobre os riscos de crescimento acelerado sem controle financeiro.

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Autor(a):

Sandra Cotrim é jornalista com anos de trajetória no TV Foco, onde atua como uma das principais redatoras na cobertura de televisão, celebridades e atualidades há mais de quatro anos. Assim, com forte apuração jornalística e olhar analítico, dedica-se a informar o público com credibilidade, profundidade e atenção aos bastidores do mundo da TV.

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