Caixa, Banco do Brasil e outras instituições enfrentam movimentação bilionária na poupança após anúncio revelador do Banco Central

O Banco Central revelou um dado que acendeu o alerta no sistema financeiro: os brasileiros retiraram mais de R$ 45 bilhões da poupança da Caixa Econômica Federal, do Banco do Brasil e de outras instituições públicas nos últimos meses.

Esse movimento sinaliza uma mudança de comportamento entre os poupadores e pressiona os bancos a reverem suas estratégias de captação.

O TV Foco, a partir do seu time de especialistas em finanças e das informações do G1 da Globo, detalha dados divulgados pelo Bando Central sobre a poupança.

Saques da poupança

No primeiro trimestre de 2025, os brasileiros retiraram R$ 45,7 bilhões líquidos da caderneta de poupança, conforme dados divulgados pelo Banco Central em 7 de abril.

Contudo, esse volume representa a maior saída líquida desde 2023, quando o valor foi de R$ 51,2 bilhões no mesmo período.

Porém, em comparação com o primeiro trimestre de 2024, quando as retiradas líquidas somaram R$ 22,6 bilhões, o aumento foi de 101,9%.

Queda dos depósitos

Os saques superaram os depósitos em todos os três meses do trimestre. Em janeiro, as retiradas líquidas foram de R$ 26,22 bilhões; em fevereiro, R$ 8 bilhões; e em março, R$ 11,46 bilhões.

Porém, esse padrão de saques consecutivos reflete uma tendência de migração dos recursos da poupança para outras formas de investimento.

Valores

O estoque total da poupança caiu para R$ 1,004 trilhão em março, uma redução de 0,55% em relação a fevereiro.

Contudo, apesar disso, houve um crescimento de 2,93% em relação ao mesmo mês do ano anterior, quando o saldo era de R$ 975,77 bilhões. Porém, esse aumento anual é atribuído principalmente aos rendimentos acumulados, já que os depósitos líquidos foram negativos.

No entanto, a rentabilidade da poupança em março foi de 0,61%, o que representou um acréscimo de R$ 5,87 bilhões ao saldo total.

Contudo, esse rendimento ficou abaixo da inflação medida pelo IPCA-15, que foi de 0,64% no mesmo período. Isso indica que, apesar do rendimento positivo, o poder de compra dos poupadores diminuiu.

Principais dados do primeiro trimestre de 2025

• Retirada líquida: R$ 45,7 bilhões;
• Depósitos totais: R$ 998,51 bilhões;
• Retiradas totais: R$ 1,04 trilhão;
• Rentabilidade da poupança em março: 0,61%;
• Inflação (IPCA-15) em março: 0,64%;
• Taxa Selic: 14,75% ao ano;

Por que está havendo tanta retirada da poupança?

A principal razão para os saques na poupança é a busca por investimentos mais rentáveis, como CDBs, Tesouro Direto e fundos DI, que oferecem retornos superiores à caderneta, especialmente em um cenário de juros elevados.

Além disso, a taxa Selic está em 14,75% ao ano, o que torna outras opções mais atrativas para os investidores.

Além disso, a alta inflação e o endividamento das famílias também contribuem para a diminuição dos depósitos na poupança.

Com o aumento dos preços dos alimentos, energia elétrica e outros itens essenciais, muitos brasileiros têm utilizado os recursos da poupança para cobrir despesas correntes, em vez de economizar.

CONCLUSÃO

Por fim, o comportamento dos brasileiros em relação à caderneta de poupança no primeiro trimestre de 2025 reflete uma mudança significativa nos padrões de investimento.

Porem, a migração para alternativas mais rentáveis, aliada à pressão inflacionária e ao endividamento das famílias. Isso, indica que a poupança já não é mais a principal opção de aplicação financeira para grande parte da população.

Contudo, esse cenário exige uma adaptação tanto dos investidores quanto das instituições financeiras, que precisam oferecer produtos mais atrativos. Além disso, mais adequados às necessidades atuais dos consumidores.

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