R$10BI em dívidas e Banco Central ciente: Falência de banco nº1 como a Caixa é confirmada no PR após 72 anos

Falência confirmada após 72 anos expõe dívida de R$10 bilhões e revela que o Banco Central já sabia da crise no banco número 1 do Paraná

04/05/2025 14h15

3 min de leitura

Imagem PreCarregada
Banco Central - Falência - Caixa (Foto: Reprodução)

Falência confirmada após 72 anos expõe dívida de R$10 bilhões e revela que o Banco Central já sabia da crise no banco número 1 do Paraná

A falência de um dos bancos mais antigos e relevantes do Paraná, com 72 anos de atuação, expõe um rombo bilionário de R$10 bilhões.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O fim da instituição acendeu o alerta do Banco Central, que acompanhava de perto a deterioração da instituição.

O TV Foco, a partir do seu time de especialistas em finanças e das informações do Brasil de Fato, detalha agora a falência do Banestado.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Fim do banco Banestado 

O Banco do Estado do Paraná (Banestado) desempenhou um papel crucial no desenvolvimento econômico do estado desde sua fundação em 1928 por Affonso Alves de Camargo.

http://tvfoco.uai.com.br/wp-content/uploads/2015/05/Daniela-Mercury.jpg
Banestado era um dos principais bancos do Paraná (Reprodução: Internet)

Porém, durante décadas, o banco financiou projetos de infraestrutura e apoiou o setor agroindustrial,. Além disso, consolidando-se como uma das instituições financeiras mais sólidas do país até meados dos anos 1990 .

NOTÍCIAS DE PARCEIROS

Dificuldades financeiras

Na década de 1990, o Banestado enfrentou sérias dificuldades financeiras, agravadas por práticas de empréstimos de alto risco e má gestão.

Contudo, em 1997, o então governador Jaime Lerner contraiu um empréstimo de R$ 5,6 bilhões junto à União para sanear o banco, evitando uma intervenção do Banco Central.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Venda para o Itaú

Apesar do aporte financeiro, o Banestado foi privatizado em 17 de outubro de 2000, sendo adquirido pelo Banco Itaú por R$ 1,625 bilhão, com um ágio de 303% sobre o preço mínimo estabelecido.

Banco Itaú – Foto: Internet

A venda, no entanto, não solucionou os problemas financeiros do estado, que continuou a arcar com uma dívida significativa.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A privatização resultou em consequências sociais e econômicas negativas.

Além disso, dos 15 mil funcionários que o banco possuía antes da venda, restavam menos de 500 em 2019.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Contudo, 76% das agências foram fechadas nos dois anos seguintes à privatização, dificultando o acesso da população aos serviços bancários.

Principais marcos da trajetória do Banestado:

  • 1928: Fundação do banco por Affonso Alves de Camargo.
  • 1997: Empréstimo de R$ 5,6 bilhões do governo estadual para sanear o banco.
  • 2000: Privatização e venda ao Banco Itaú por R$ 1,625 bilhão.
  • 2018: Dívida do estado com a União atinge R$ 10,3 bilhões, com previsão de quitação até 2048.

Houve corrupção no banco Banestado?

A operação de privatização do Banestado também foi marcada por escândalos de corrupção.

Entre 1996 e 2002, pessoas e empresas desviaram aproximadamente R$ 30 bilhões por meio de contas CC5, utilizadas para remessas ilegais de dinheiro ao exterior.

Banco Banestado (Foto: Internet)

Porém, as investigações originaram duas CPIs, mas as autoridades puniram poucos responsáveis, e o estado continuou pagando as consequências financeiras.

CONCLUSÃO

Por fim, a história do Banestado exemplifica os desafios e riscos associados à privatização de instituições públicas sem a devida transparência e responsabilidade.

A venda do banco não apenas falhou em resolver os problemas financeiros do estado, mas também resultou em perda de empregos, fechamento de agências e uma dívida que continua a impactar o orçamento público décadas depois.

Veja também matéria especial sobre: Banco Central ciente: Falência devastadora atinge banco tão famoso quanto Itaú após 51 anos.

NOTÍCIAS DE PARCEIROS

Wellington Silva é redator especializado em celebridades, reality shows e entretenimento digital. Com formação técnica em Redes de Computadores pela EEEP Marta Maria Giffoni de Sousa e atualmente cursando Análise e Desenvolvimento de Sistemas na FIAP, Wellington une sua afinidade com tecnologia à vocação pela escrita. Atuando há anos na cobertura de famosos, cantores, realities e futebol, tem passagem por portais dedicados ao universo musical e hoje integra o time de redatores do site TV Foco. Seu olhar atento à cultura pop e à vida das celebridades garante matérias dinâmicas, atualizadas e com forte apelo para o público conectado.Contato: @ueelitu

Utilizamos cookies como explicado em nossa Política de Privacidade, ao continuar em nosso site você aceita tais condições.