R$152B na mesa: Sadia e compra histórica de gigante n°1 faz a Aurora tremer em 2025

Dona da Sadia ressurge no epicentro de um dos maiores movimentos corporativos do setor das carnes e congelados, deixando rivais sem chão

19/05/2025 8h45

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Dona da Sadia e gigante nº1 se unem para criar novo império e deixa rivais sem chão (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/TV Foco/Canva)

Dona da Sadia ressurge no epicentro de um dos maiores movimentos corporativos do setor das carnes e congelados, deixando rivais como a Aurora sem chão

A BRF, dona da Sadia, marca centenária e símbolo da mesa do brasileiro, voltou ao centro das atenções nesta semana ao ser protagonista de uma das maiores fusões da história da indústria alimentícia nacional.

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Isso porque a mesma será incorporada pela Marfrig, criando um conglomerado com receita combinada de R$ 152 bilhões na mesa e atuação em mais de 120 países.

O negócio, anunciado oficialmente no dia 15 de maio, transforma a BRF em uma subsidiária integral da Marfrig, consolidando uma plataforma multiproteína que promete reordenar o setor global de alimentos.

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A movimentação não passou despercebida pelo mercado, uma vez que repercutiu com força, e rivais como a Aurora já devem tremer diante do cenário competitivo.

A proposta final será votada em assembleias gerais extraordinárias marcadas para o dia 18 de junho.

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Caso aprovada, a operação poderá alterar profundamente o equilíbrio de forças no setor, no Brasil e fora dele.

Dito isso, a partir de informações divulgadas pelo Estadão, a equipe do TV Foco especializada em economia traz abaixo mais detalhes dessa fusão histórica e seus impactos no setor econômico.

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Marfrig e BRF, dona da Sadia, anunciaram fusão histórica (Foto Reprodução/Nord Investimentos)
Marfrig e BRF, dona da Sadia, anunciaram fusão histórica (Foto Reprodução/Nord Investimentos)

A nova superpotência das proteínas:

A operação, formalizada por meio do “Protocolo e Justificação de Incorporação das Ações da BRF”, prevê uma relação de troca na qual:

  • Os acionistas da BRF (exceto a própria Marfrig, que já detém 50,49% do capital total da empresa) receberão 0,8521 ação da Marfrig para cada ação ordinária da BRF.
  • A nova empresa, que deverá adotar o nome MBRF Global Foods Company S/A, será listada no Novo Mercado da B3.
A nova empresa, que deverá adotar o nome MBRF Global Foods Company S/A
A nova empresa, que deverá adotar o nome MBRF Global Foods Company S/A (Foto Reprodução/Instagram)

Inclusive, a expectativa é robusta: além da combinação de receitas, a integração promete sinergias da ordem de R$ 485 milhões anuais e ganhos fiscais estimados em R$ 3 bilhões em valor presente líquido.

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A operação tem custo estimado de R$ 24 milhões, com envolvimento de consultorias e assessorias jurídicas de peso, como:

  • JP Morgan;
  • Citi, Tozzini Freire;
  • Linklaters;
  • Simpson Thacher & Bartlett.

Em termos de presença global, a companhia resultante terá operações sólidas na:

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  • América do Sul, Estados Unidos;
  • Oriente Médio (com forte foco no mercado Halal);
  • China.

Ao todo, serão mais de 130 mil colaboradores e uma cadeia de fornecimento internacional que sustenta sua competitividade em diversos segmentos de proteína animal.

Declarações:

Em entrevista coletiva, o fundador e presidente do conselho da Marfrig, Marcos Molina, destacou que a decisão de unificar as empresas foi estratégica e amadurecida.

“Nunca dissemos que a incorporação era necessária, mas sim algo que aconteceria naturalmente, no tempo certo. E esse tempo chegou” – Declarou.

No entanto, Molina explicou que, após a consolidação de programas internos como o BRF+, Marfrig+ e a criação do MBRF+, a simplificação da estrutura passou a ser inevitável:

“Se essa fusão demorar mais, ambas as companhias continuarão desperdiçando sinergias” – Afirmou.

O executivo estima captura de aproximadamente R$ 800 milhões com a união plena das operações.

Presidente do conselho da Marfrig, Marcos Molina (Foto Reprodução/Tasso Marcelo/Agência Estado)
Presidente do conselho da Marfrig, Marcos Molina (Foto Reprodução/Tasso Marcelo/Agência Estado)

Internacionalização e avanço no mercado de capitais

A nova estrutura também será estratégica para fortalecer a presença internacional da companhia.

Um dos principais passos será a listagem direta de ações na Bolsa de Nova York (NYSE), o que, segundo o CFO da BRF, Fábio Mariano, pode:

  • Ampliar o acesso a fundos globais;
  • Melhorar a governança corporativa;
  • Reduzir o custo de capital.

“A BRF já tem uma história com ADRs. Mas agora, com uma empresa mais robusta, com foco em produtos processados e de maior valor agregado, a listagem direta na NYSE faz ainda mais sentido” – Afirmou Mariano.

De acordo com ele, empresas com sede fiscal nos EUA e capital aberto em Nova York costumam ter múltiplos de valorização mais altos, sobretudo no setor de proteínas.

Quais deverão ser os impactos gerados pela Marfrig e BRF quanto à concorrência?

Conforme mencionamos acima, o mercado agora observa essas novidades com atenção.

A Aurora, terceira maior do setor no Brasil, assim como as demais concorrentes, poderá enfrentar desafios importantes para manter sua competitividade frente a um grupo com musculatura global.

Analistas ouvidos por veículos especializados indicam que a consolidação pressiona concorrentes a buscar ganhos de eficiência e nichos alternativos, além de abrir espaço para mais fusões ou parcerias em cadeia.

Por outro lado, a operação ainda depende da aprovação dos acionistas e da ausência de eventos adversos relevantes que podem comprometer esse andamento, como:

  • Guerras;
  • Desastres naturais;
  • Crises sanitárias;
  • Etc.

A proposta também prevê direito de retirada aos acionistas da BRF que se opuserem à fusão, com opções de reembolso que variam de R$ 9,43 a R$ 19,89 por ação, conforme critérios legais.

Caso o volume de retiradas afete a saúde financeira de uma das companhias, poderá haver nova assembleia para revisão ou até cancelamento da operação.

Conclusão:

Em suma, a fusão entre BRF e Marfrig marca uma nova era para o setor de alimentos e proteínas, tanto no Brasil quanto no cenário global.

Ao unir forças, elas ganham escala, sinergia e musculatura financeira para disputar mercados exigentes e ampliar margens.

As assembleias de 18 de junho serão decisivas para concretizar o plano.

Até lá, o mercado se mantém em alerta — e a concorrência, em vigília. Mas, para saber sobre outras fusões, clique aqui*.

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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