INSS tem valor histórico de R$ 2,3 bilhões e surpreende aposentados com pagamento liberado para lista de beneficiários
O governo federal já devolveu cerca de R$ 2,3 bilhões a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social que sofreram descontos indevidos em seus benefícios. Essa restituição refere-se a mensalidades cobradas por associações, sindicatos ou entidades de classe que, segundo o INSS, agiram sem autorização legal ou fora dos parâmetros regulares.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Além disso, a marca de pagamentos já emitidos ultrapassa 3,3 mil valores depositados ou agendados até 27 de outubro de 2025. O anúncio evidencia um esforço do governo para reparar prejuízos e reforçar a fiscalização no sistema previdenciário.
A operação que descobriu esse esquema irregular teve desdobramentos importantes. A Polícia Federal e a Controladoria‑Geral da União deflagraram em abril de 2025 a chamada “Operação Sem Desconto”, que expôs a existência de entidades que efetuavam descontos em folha de pagamentos do INSS sem consentimento dos beneficiários.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Contudo, a investigação apontou prejuízo estimado em R$ 6,3 bilhões no período de 2019 a 2024. O governo, então, suspendeu os descontos em 23 de abril de 2025 e estabeleceu condições para ressarcimento.
Para aderir ao ressarcimento, os beneficiários precisaram manifestar interesse junto ao INSS. Nesse processo, mais de 500 mil aposentados e pensionistas que já haviam contestado descontos aguardam análise das entidades envolvidas.
LEIA TAMBÉM!
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Por que estava rolando o desconto no INSS?
O histórico revela que muitos desses descontos vinham de convênios estabelecidos entre o INSS e associações por meio de Acordos de Cooperação Técnica (ACT). O problema central residiu na falta de fiscalização do instituto para comprovar que o beneficiário havia autorizado o débito. A CGU identificou fragilidades graves no processo de controle.
Porém, essa combinação de ausência de auditoria e automação permitiu que descontos fossem aplicados de forma irregular em diversos estados.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Além disso, as entidades investigadas alegavam que obtinham opção de débito em folha com assinatura ou gravação, mas o INSS admitiu que “muitas entidades usaram softwares para falsificar assinaturas” e que “gravações de áudio como resposta não são aceitas como prova”.
Esse tipo de fraude mina a confiança dos beneficiários no sistema previdenciário e atrai atenção da sociedade para a vulnerabilidade dos idosos e pensionistas.
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
Para quem recebe benefício do INSS, a recomendação é verificar mensalmente os extratos do pagamento e contestar qualquer débito que não reconheça. O portal e o app “Meu INSS” mantêm informações sobre adesão ao ressarcimento.
Por fim, é importante ficar atento ao calendário de pagamento e aos comunicados que o órgão divulgará. Essa iniciativa fortalece a transparência e reduz o risco de novas fraudes.
