Calote de R$2,9BI e falência decretada revelam o fim do banco número um que era tão popular quanto a Caixa

O colapso de um banco que acumulou R$ 2,9 bilhões em dívidas e terminou sob intervenção do Banco Central acendeu o alerta sobre a fragilidade do sistema financeiro após sua falência.

A instituição, que operava com apelo semelhante ao da Caixa Econômica Federal entre as camadas populares, perdeu credibilidade, mergulhou em uma crise de confiança e arrastou milhares de correntistas para o caos.

O TV Foco, a partir do seu time de especialistas em finanças e das informações do O GLOBO, detalha agora sobre a falência do Banco Santos.

O Banco Santos

• O Banco Santos foi fundado por Edemar Cid Ferreira em 1993 , um empresário brasileiro.
• Nos anos 2000, o banco enfrentou problemas financeiros graves.
• Em 2004, o Banco Central do Brasil interveio devido a irregularidades motivadas por um “rombo” de R$ 2,9 bilhões.
• A falência do Banco Santos foi decretada em 2005, 12 anos despois.
• O escândalo financeiro afetou milhares de clientes e credores. Contudo, em março de 2024, a massa falida do banco foi distribuída entre eles, num total de R$ 365 milhões.

Em 2011, Edemar Cid Ferreira afirmou que o Banco Central cometeu erros que resultaram na falência do Banco Santos, sugerindo que a intervenção e subsequente falência foram desnecessárias e prejudiciais. A empresa ganhou destaque nas manchetes após Ferreira ser acusado de dar um desfalque de R$ 2,9 bilhões no caixa da instituição financeira.

No entanto, investigações e processos judiciais apontaram para práticas fraudulentas e gestão inadequada por parte dos controladores do banco, incluindo Edemar Cid Ferreira.

Pagamento dos credores

Após a falência, iniciou-se o processo de liquidação dos ativos do Banco Santos para pagar os credores. Em abril de 2024, a massa falida do Banco Santos iniciou a distribuição de R$ 365 milhões aos credores, referente ao nono rateio aprovado pela Justiça.

Esse pagamento incluiu recursos provenientes de acordos com empresas como o Grupo Veríssimo, Caoa, Hering, ValorCap, Bombril e Coimex.

A lista de credores do Banco Santos conta com 891 quirografários, totalizando R$ 580,662 milhões.

Entre os maiores credores estão o Fundo Real Grandeza, com R$ 35,976 milhões. Também o FIDC NP Alternative Assets I (administrado pelo BTG), com R$ 22,932 milhões. Além do Banco da Amazônia, com R$ 15,531 milhões; e o empresário e pecuarista Oswaldo Pitol, com R$ 11,156 milhões.

Morte de Edemar Cid Ferreira

No entanto, este rateio é também o primeiro após a morte de Edemar Cid Ferreira, ocorrida em janeiro de 2024.

Apesar do falecimento, as disputas judiciais e pendências financeiras do Banco Santos continuam, com o espólio de Edemar Cid Ferreira questionando decisões relacionadas à falência e à distribuição de ativos.

Porém, em maio de 2024, o Tribunal de Justiça de São Paulo negou o pedido de efeito suspensivo que o espólio de Edemar Cid Ferreira solicitou no agravo de instrumento contra a Massa Falida do Banco Santos.

Contudo, a decisão manteve a homologação do resultado do leilão das obras de arte e a autorização de doação de bens.

Além disso, o STJ negou o pedido de revisão da política de acordos, questionada pelo espólio de Edemar Cid Ferreira.

Além disso, a decisão reafirma a legalidade das políticas adotadas na administração da massa falida do Banco Santos.

Qual é o maior banco do Brasil?

O Itaú Unibanco se destaca como o maior banco do Brasil. Estabelecido em 1924, é uma das principais instituições financeiras globais, com um valor de mercado em torno de R$ 249 bilhões.

Ademais, o Itaú Unibanco conta com uma ampla base de clientes e uma sólida atuação nos mercados financeiro brasileiro e internacional.

CONCLUSÃO

Em conclusão, a falência do Banco Santos, ocorrida quase duas décadas atrás, ainda repercute no cenário financeiro brasileiro.

Por fim, a contínua distribuição de ativos aos credores e as disputas judiciais em andamento evidenciam a complexidade e a longevidade dos processos relacionados à falência.

Veja também matéria especial sobre: De falência a venda ao Santander: O fim decadente de 3 bancos populares no Brasil e choro de correntistas.

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