Uma falência gigante atinge diretamente uma famosa e rica equipe já treinada por Felipão
No dia 29 de janeiro de 2024, a Renata Vasconcellos paralisou o Jornal Nacional com a falência de uma empresa gigante fazendo um impacto grande a economia mundial. Impacto esse que atingiu também uma equipe que já foi treinada por Felipão.
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Segundo Renata Vasconcellos: “A justiça de Hong Kong decretou a falência de um dos símbolos do crescimento chinês. A Evergrande já foi incorporadora imobiliária com maior valor de mercado do planeta com obras em 280 cidades da China. Hoje, acumula dívidas de 200 bilhões de dólares”.
A Evergrande, que, como dito por Renata Vasconcellos, foi um símbolo do crescimento econômico comercial da China, também fez com que o futebol chinês fosse bem visto pelo mundo. Se tornar dona do Ghangzou fez com que o mercado de futebol chinês atraísse muitos brasileiros, como por exemplo Felipão, que comandou o clube.
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Segundo o UOL, o clube quando era gerenciado pela empresa chegou a vencer sete edições consecutivas do Campeonato Chinês e duas Liga dos Campeões da Ásia na década passada.
Mais que isso: atraiu nomes como os brasileiros Paulinho, Robinho, Ricardo Goulart, o argentino Darío Conca e o italiano Alberto Gilardino, além de dois técnicos vencedores de Copa do Mundo: Luiz Felipe Scolari (Brasil, 2002) e Marcello Lippi (Itália, 2006).
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Fundado na década de 50 e comprado em 2010 pela Evergrande, o Guangzhou já era o time mais forte da China quando o governo resolveu transformar o desenvolvimento do futebol local em uma das suas prioridades e abriu as portas para a chegada dos astros internacionais.
Entre 2015 e 2018, recorte que representa o auge do investimento chinês na modalidade, o clube torrou nada menos que 234,6 milhões de euros (R$ 1,3 bilhão) só com a compra de direitos econômicos de jogadores.
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O valor supera a quantidade de dinheiro gasta com reforços no mesmo período de várias forças intermediárias da Europa, como Porto, Benfica, Ajax, Aston Villa, Olympique de Marselha, Lyon e Zenit São Petersburgo.
Na virada de 2019 para 2020, decepcionado com a grande quantidade de falência dos clubes e com a falta de evolução da seleção, o governo abortou o projeto de transformar a China em uma potência futebolística e criou uma política de teto salarial para atletas estrangeiros. Na prática, essa mudança de legislação “excluiu” o país do Mercado da Bola de elite.
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No ano seguinte, empresas perderam o direito de emprestar seu nome aos clubes dos quais eram donos. Com isso, o Guangzhou Evergrande virou simplesmente Guangzhou FC.
Simultaneamente, a Evergrande passou a sentir os efeitos da desaceleração da economia chinesa e de uma crise habitacional de proporções históricas, endividou-se e entrou em parafuso.
O Guangzhou, evidentemente, caiu junto com seu proprietário. Com cada vez menos dinheiro para investir foi vice-lanterna da Superliga em 2022 e acabou rebaixado para a segunda divisão. Na temporada passada, ainda mais pobre, não passou nem perto do acesso (ficou na 12ª posição entre 16 participantes).
Apesar do processo de falência da incorporadora, o clube ainda tem a Evergrande como acionista majoritária (56,71%) e controladora do seu projeto. O Grupo Alibaba detém 37,8% das ações, e o restante está espalhado entre vários proprietários menores.
Atualmente na segunda divisão chinesa, o Guangzhou está em 3º com 40 pontos em 23 partidas, 11 pontos a menos que o líder da competição.
QUANDO FELIPÃO TREINOU O GUANGZHOU EVERGRANDE?
Felipão ficou entre 2015 e 2017 no Guangzhou Evergrande após treinar o Grêmio e voltou para treinar Palmeiras.
Na China ele conquistou:
- Superliga Chinesa: 2015, 2016 e 2017
- Liga dos Campeões da AFC: 2015
- Copa da China: 2016
- Supercopa da China: 2016 e 2017