Renato Aragão mandou Ingrid Guimarães fazer papel de feia e ouviu resposta da atriz

Ingrid Guimarães (Foto: Reprodução)

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Ingrid Guimarães é atriz e comediante, e fez algumas revelações em entrevista ao programa “Lady Night”, de Tatá Werneck, afirmando que sempre ganhava papéis com esteriótipos de feia e engraçada. Isso mudou e seu último papel foi dramático na última novela das seis, “Novo Mundo”.

“Eu era sempre chamada para fazer secretária, empregada… Porque na minha época as comediantes eram muito subjugadas à feia ou a gostosa. Quando eu fiz o programa do Chico Anysio, ficavam separadas as feias em um camarim e as gostosas de biquíni, em outro”, revela a atriz.

“Depois o humor foi mudando e a mulher conseguiu chegar em outro lugar. Teve uma hora que tomei uma decisão na minha vida: ‘Não vou mais fazer papel de feia ou que tenha algum esteriótipo'”, declarou ela, fazendo ainda uma revelação sobre um filme de Renato Aragão, o Didi.

Ela contou que deu uma resposta dura após o convite para ser a feia da história: “Disse para um produtor de elenco: ‘não me chama mais’. Neguei uma personagem, o Didi [Renato Aragão] sonhava com a bonita e a feia. A bonita era a Danielle Winits e a feia, era eu. Eu disse: ‘Não vou fazer'”.

+ Em alta na Globo, Marcelo Serrado é convidado para novo trabalho

“Por que a comediante tem que ser a feia? A gorda só pode fazer papel de gorda? Não fiz e criei um modelo baseada na Gisele Bündchen”, completou ela, afirmando que há uma necessidade de se provar para ganhar espaço na TV, e lamenta o fato de pessoas muito talentosas estarem fora da mídia.

Ela foi entrevistada por Tatá Werneck (Foto: Reprodução)

“Eu tenho muito agonia de quem é muito talentosa, mas ainda não aconteceu. Porque fui por muitos anos essa menina. Eu vivi só de teatro na vida. As pessoas não tinham olhar para mim. Porque a vida é feita de olhares sob você. As pessoas colocam os comediantes numa gaveta e só você pode se tirar. Porque ninguém vai tirar”, conta.

Sobre a sua personagem na trama das seis, ela ainda afirma: “A Elvira foi um pedido meu. Falei para o Silvio [de Abreu, diretor do departamento de dramaturgia da Globo]: ‘me dá uma coisa diferente. Algo que nunca fiz’. Eu peguei com unhas e dentes”.