Repórter da Record vive momentos de tensão ao se infiltrar para investigação

Por: Vitor

16/02/2017 17h06

2 min de leitura

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Record foi condenada por danos morais por causa de reportagem feita por seu jornalismo (Foto: Reprodução)
Cena registrada durante reportagem do "Câmera Record" (Foto: Divulgação/Record)

Cena registrada durante reportagem do “Câmera Record”
(Foto: Divulgação/Record)

Em um registro inédito na televisão brasileira, o “Câmera Record” desta quinta-feira (16), às 23h, traz uma das investigações mais complexas já realizadas sobre o trabalho escravo na cidade mais rica do país.

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Durante três meses, os repórteres Romeu Piccoli, Ana Haertel, Daniel Motta e o editor Marcelo Magalhães flagraram 22 confecções clandestinas explorando trabalhadores de todas as maneiras na Grande São Paulo.

O procurador da Justiça do Trabalho, Luis Fabre, estima que existam 100 mil pessoas em condições análogas à escravidão só na capital paulista. Foi em uma dessas oficinas que o repórter Daniel Motta conseguiu uma vaga de emprego, disfarçado de imigrante nordestino recém-chegado a São Paulo.

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Ele foi contratado sem carteira assinada e teve que trabalhar incansáveis 14 horas por dia, com a promessa de receber no final do mês um salário de cerca de 400 reais. “Às seis horas da manhã eu tinha que acordar. Ganhei um café e um pão amanhecido, duro, para começar o trabalho”, conta

Nas chamadas “casas da escravidão”, mesmo o recém-empregado, que geralmente não tem experiência alguma com o maquinário, é obrigado a fazer mais de 150 peças de roupas diariamente. “O tempo era muito pouco pra aprender a costurar”, diz o repórter, que experimentou desde o início a pressão do supervisor da oficina.

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O expediente só chegou ao fim por volta das 22h, com pequenas pausas para o almoço e jantar. Com um porém: “Eles descontam do salário a comida”, revela Motta.

O repórter infiltrado viveu momentos de tensão. Ele passou a noite em claro, com receio de ser descoberto, em um pequeno quarto no fundo da casa. De manhã, a surpresa: “A porta é trancada. Eu não conseguia sair. Ela é fechada por fora. E assim deve ser o quarto de todos os outros que trabalham aqui para que eles não saiam”.

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O “Câmera Record” teve acesso exclusivo a imagens que mostram trabalhadores de uma oficina, em condições degradantes, colocando etiquetas de uma outra grande empresa de roupas, que possui 35 lojas no Estado de São Paulo.

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Formado em jornalismo, foi um dos principais jornalistas do TV Foco, no qual permaneci por longos anos cobrindo celebridades, TV, análises e tudo que rola no mundo da TV. Amo me apaixonar e acompanhar tudo que rola dentro e fora da telinha e levar ao público tudo em detalhes com bastante credibilidade e forte apuração jornalística.

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