“Repórter Record Investigação” monta cabine na Cracolândia para ouvir viciados

21/07/2014 16h30

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Fábio Mori mostra o extrato bancário nas mãos com os depósitos feitos pelos pais
Fábio Mori  mostra o extrato bancário nas mãos com os depósitos feitos pelos pais

Fábio Mori mostra o extrato bancário nas mãos com os depósitos feitos pelos pais

Repórter Record Investigação  desta segunda-feira, 21/07, exibido às 22h15,  vai mostrar as transformações da Cracolândia de território dos viciados em cola no centro de São Paulo nos anos 80, até a transformação em ponto dominado pelos usuários de crack. A droga tem hoje 1,5 milhões de dependentes no Brasil, país com maior número de consumidores deste tipo de entorpecente no mundo.

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E numa iniciativa inédita na TV, o programa monta uma cabine no local com a seguinte faixa: “Conte a sua história e reencontre sua família”,  para ouvir depoimentos dos viciados em crack. Pessoas que abandonaram suas casas para viver na rua e que podem ficar anos sem ver a família.  A realização do programa envolveu mais de 30 jornalistas que trabalharam durante três meses nesta reportagem que resultou em 80 horas de gravação.

Os repórteres Lúcio Sturm e Gustavo Costa e os cinegrafistas  Michel Mendes e Valmir Leite estiveram na região por uma semana, acompanhando depoimentos. No estúdio, apelidado pelos próprios drogados de “cabine da vida”, espontaneamente os dependentes relataram como suas vidas foram destruídas pelo vício.

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O rapper Antônio Carlos Nascimento, conhecido como como Kaw-x, longe de casa há quatro anos, declara: “Estou na capital do crack da América do Sul”. E canta seu drama: “São Paulo à noite/o mundo se divide em dois/ o mundo não te distingue o amor da maldade/ e ganha a vida quando escurece em nossa cidade/ veja aqueles pivete procurando alguma coisa no chão/ estão na nóia do crack curtindo sua ilusão “.  

O programa mostra ainda uma a história de Ana Paula Lima, ex-campeã paulista de caratê que deixou a vida de atleta para viver pelas ruas do centro da capital paulista. E traz o depoimento do jovem de classe média alta que recebe dinheiro dos pais para ficar longe de  casa.  Fábio Mori  entra na cabine e mostra o extrato bancário que revela os depósitos. “Hoje em dia eles depositam dinheiro na minha conta para eu não voltar para casa.  Faz quatro dias, eles depositaram R$ 560 conta na minha conta. Que mais? Tenho cartão cidadão, tenho cartão do SUS… “

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Foram 38 entrevistas e deste total, foi possível promover o encontro de quatro dependentes com a família. A reportagem acompanha este retorno e, passado algum tempo, volta a visitá-los para descobrir como lidaram com a chance de um recomeço.

A edição do programa é de Marcio Strumiello.

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