Risco de falência e fim: 2 supermercados arrastados para o buraco

Risco de falência e adeus: 2 supermercados são arrastados para o buraco

Crise global arrasta duas redes de supermercados ao buraco após se afundar em um mar dívidas e enfrentar a queda no consumo.

07/11/2025 9h30

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Dois supermercados entrou em colapso e um deles pode falir a qualquer momento (Foto Reprodução/Montagem/Lennita/TV Foco/Canva/GMN)

Crise global arrasta duas redes de supermercados para o buraco após se afundar em um mar dívidas e enfrentar a queda no consumo

A solidez do varejo alimentar sempre foi considerada um dos pilares da economia moderna. No geral, supermercados sustentam cadeias inteiras de abastecimento, geram milhares de empregos e garantem o acesso a produtos básicos em comunidades de todos os tamanhos.

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Porém, nos últimos meses, nem mesmo redes consolidadas escaparam da instabilidade global.

Ao longo deste ano de 2025, duas empresas de peso, uma europeia e outra norte-americana, entraram em colapso financeiro.

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Ambas anunciaram o fechamento de lojas e estão sendo arrastadas ao buraco, expondo um setor que, mesmo essencial, enfrenta margens cada vez mais estreitas.

Alcampo na corda bamba

Conforme exposto pela Reuters, no dia 8 de maio de 2025, a Alcampo, rede de hipermercados controlada pelo grupo francês Auchan, comunicou o encerramento de 25 unidades e a redução da área operacional de outros 15 hipermercados na Espanha.

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A decisão, segundo o comunicado da empresa, faz parte de um plano de reestruturação para “adaptar-se aos novos hábitos de consumo, reduzir despesas e aumentar a eficiência operacional”.

A medida atingiu cerca de 710 funcionários, o equivalente a aproximadamente 3% da força de trabalho da rede no país.

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A Alcampo reconheceu que o tradicional modelo de hipermercado de grande porte perdeu competitividade frente às compras menores e mais frequentes, impulsionadas pelo comércio eletrônico e por mudanças no perfil do consumidor espanhol.

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O grupo afirmou que a reestruturação busca garantir a sustentabilidade da operação no longo prazo, preservando o restante da rede e evitando prejuízos mais profundos.

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O fechamento parcial, apesar de não significar oficialmente uma “falência”, tomou uma dimensão e teve um impacto sobre o quadro funcional que deixaram evidente o tamanho do risco de essa consequência se consolidar.

Quebra Daily Table

Enquanto a Europa tentava preservar empregos, os Estados Unidos registraram uma perda completa.

Ainda de acordo com a Reuters, em maio de 2025, a Daily Table, rede fundada em 2015 por Doug Rauch, ex-presidente da Trader Joe’s, anunciou o encerramento definitivo de todas as suas lojas.

A empresa, criada com o propósito de oferecer alimentos saudáveis e acessíveis a famílias de baixa renda, não resistiu ao aumento dos custos operacionais e à redução das doações e subsídios que sustentavam o projeto.

Durante quase uma década de funcionamento, a Daily Table atendeu mais de 3 milhões de clientes e tornou-se referência em alimentação acessível.

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Porém, segundo a direção, o modelo de negócios tornou-se financeiramente insustentável diante da alta generalizada dos preços de energia, transporte e alimentos.

Em comunicado, o conselho da empresa afirmou que buscou alternativas de financiamento, mas “não foi possível garantir os recursos necessários para manter o serviço sem comprometer os parceiros e credores”.

O encerramento afetou diretamente centenas de funcionários e deixou comunidades de baixa renda sem uma das principais fontes de alimentação a preço reduzido.

O que os casos da Alcampo e Daily Table revelam?

Os casos de Alcampo e Daily Table, embora distintos em natureza e propósito, revelam o mesmo diagnóstico: o varejo alimentar global vive sob forte pressão econômica e estrutural.

A combinação de custos operacionais elevados, inflação persistente, juros altos e mudanças no comportamento de compra formou uma tempestade perfeita:

  • De um lado, hipermercados tradicionais perderam espaço para formatos menores e digitais;
  • De outro, modelos sociais e filantrópicos veem suas fontes de financiamento secarem;
  • O resultado é uma onda de cortes, renegociações e, em casos extremos, falências e liquidações completas.

 Mas, para saber sobre mais casos sobre outras falências, clique aqui*.

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Autor(a):

Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.

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