Maior rival da Anhembi luta contra falência, agoniza com dívida de 40 milhões e alunos são avisados

Faculdade popular de São Paulo luta para sobreviver e arrasta dívida de R$ 40 milhões

A Anhembi Morumbi é uma das maiores universidades privadas de São Paulo. A mesma, oferece diversos cursos de graduação, pós-graduação e extensão nas áreas de saúde, negócios, comunicação, tecnologia, entre outras.

Além dela, existem outras faculdades que também se destacam na principal metrópole do Brasil. Mas, infelizmente, uma delas vive uma situação delicada e agoniza com dívida de R$ 40 milhões.

Falência de faculdade?

Em suma, as famílias fundadoras da FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) entraram com um pedido na Justiça para transformar a recuperação judicial da instituição em falência. O pedido se deu neste mês de novembro de 2025.

Mesmo não sendo mais donos da faculdade, os ex-proprietários possuem 18 imóveis onde funcionam os centros universitários. Na ação, os mesmos dizem que a atual gestão está com pagamentos de aluguéis atrasados e a dívida chega na casa dos R$ 40 milhões desde o início do processo de recuperação.

De acordo com as famílias Alves da Silva e Fioravante, os débitos ocorrem de forma “deliberada, injustificável e ilícita”. O documento ainda afirma que a FMU lida com uma “insolvência estrutural disfarçada sob o manto da recuperação judicial”.

Assim, ao justificar o pedido de falência, os ex-proprietários da universidade dizem que o processo de recuperação judicial, que ocorre desde março de 2025, se trata de um “instrumento de postergação do inevitável”.

Alunos avisados

Atualmente, a universidade possui uma média de 60 mil alunos e mais de 100 cursos, incluindo graduação, pós e MBA. De acordo com o g1, o pedido de falência deve ser avaliado pela 1ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais, do Tribunal de Justiça de São Paulo, sem data para uma decisão.

Caso a Justiça decrete a falência, a universidade rival da Anhembi será administrada por um gestor judicial indicado pelo juiz. O mesmo ficará encarregado de encerrar contratos e negociar a venda de bens do grupo, destinados ao pagamento das dívidas com os credores.

“Em caso de falência, outra instituição pode assumir os alunos para que eles não seja prejudicados, em uma operação que funciona como a compra da ‘carteira'”, destaca Bruno Boris, sócio-fundador do escritório Bruno Boris Advogados.

Ademais, o real impacto aos estudantes depende de como um eventual processo de falência seria conduzido. Todavia, o direito a informação é crucial para os alunos em um eventual processo de falência. A instituição deve avisar os estudantes sobre a continuidade dos cursos ou sobre a necessidade de transferência.

Até o momento desta publicação, a FMU, pertencente ao fundo de investimento Farallon desde 2020, não emitiu um posicionamento sobre o assunto até a publicação desta matéria. Mas, o espaço segue aberto para a faculdade expor sua versão dos fatos.

Qual a diferença entre falência e recuperação judicial?

Em suma, a principal diferença entre recuperação judicial e falência reside no objetivo e no destino da empresa: a recuperação judicial busca evitar o fechamento da empresa e reerguer suas atividades, enquanto a falência é o processo de liquidação total da empresa e encerramento de suas operações.

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