Rodrigo Santoro se juntará ao elenco de Velho Chico em cerimônia do Emmy nos EUA

Rodrigo Santoro em Velho Chico. (Foto: Reprodução)

Ganhando destaque nos Estados Unidos, o brasileiro Rodrigo Santoro vai se juntar à equipe de Velho Chico na cerimônia do Emmy Internacional, que ocorre nesta semana em Nova York.

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A trama escrita por Benedito Ruy Barbosa, pela sua filha, Edmara Barbosa, e pelo neto, Bruno Luperi, surpreendeu e foi indicada na categoria Melhor Telenovela no evento que premia atrações de todo o mundo. De acordo com a colunista Patrícia Kogut, Marcelo Serrado, Renato Góes e Edmara serão os representantes da trama na premiação.

O diretor artístico Luiz Fernando Carvalho, que teria tido atritos com a filha de Benedito, e foi dispensado pela Globo após se recusar a seguir orientações da emissora para mudar a proposta estética do folhetim a fim de aumentar a audiência, não comparecerá ao evento. O motivo seria a ocupação do diretor nas gravações de um novo filme em São Paulo.

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Santoro está em Los Angeles para a gravação da nova temporada de Westworld, série da HBO. O ator retornou às novelas em Velho Chico após 12 anos e recebeu um cachê gordo de R$ 300 mil mensais, e cerca de R$ 1,5 milhão ao final da produção, para participar apenas da primeira fase da novela.

POUCO VALORIZADA PELA GLOBO

Velho Chico, que chegou ao fim sem o seu protagonista, Domingos Montagner, vítima de um afogamento no Rio São Francisco, ficou de fora do catálogo de vendas da emissora para o mercado internacional. Entre as justificativas da Globo para essa decisão, está a de que a novela é “regional demais”, por ser ambientada no nordeste e por dar destaque ao Rio São Francisco, que pode não ser tão conhecido internacionalmente. É justamente por isso que a indicação da trama à premiação internacional causou surpresa e fez com que a decisão da Globo se tornasse questionável: como uma novela, que tem sua regionalização como problema para o público estrangeiro, consegue conquistar o júri e ser indicada ao prêmio internacional?

Vale dizer que a trama ainda aborda temas universais, como romance, política e a relação do homem com o meio ambiente. A atitude da Globo se mostra equivocada por também omitir que uma produção que valoriza a cultura de outra região brasileira — indo além do tradicional eixo Rio-São Paulo — seja exportada.

A presença do folhetim no Emmy 2017 pode comprovar a ideia de que a justificativa de ser “regional demais” não apaga o fato da trama ainda assim apresentar qualidade visual, cultural e narrativa que seriam suficientes para que ela pudesse sim ser negociada com outros canais e conquistar o público estrangeiro. A indicação da novela ao prêmio também pode e deve fazer a Globo rever a decisão de deixá-la de fora do catálogo de vendas para o exterior.

Saiba tudo o que vai acontecer sobre a nova novelas das 9 da Globo, Amor de Mãe.