O ex-Twister contou o que viu dentro da cadeia quando esteve preso

O cantor Sander Mecca, ex-integrante da boyband Twister, falou sobre sua experiência na cadeia, quando foi preso em 2003. Ele foi flagrado em SP com drogas e enquadrado como traficante.

O músico, que ficou em Belém II na mesma cela dos irmãos Cravinhos era chamado por lá de “Tuíste”. A cela deles ganhou uma placa na porta feita pelos outros presos com o nome que deram ao local: “Casa dos Artistas”.

Em entrevista recente ao podcast de Rafinha Bastos, o cantor falou sobre o que viu na cadeira enquanto estava preso. “Estuprador apanha todo dia, véio. Os caras se f*dem mesmo”, disse o músico.

Ele conta sobre algumas cenas marcantes”Mas tem uma cena que eu não esqueço, que quando chegou um cara, ele devia ter uns 25 anos, acusado de ter matado um bebê de 3 meses. Quando ele chegou, ele apanhou dos funcionários, de ficar até enfermeiro do lado. Batiam muito, tacaram geladeira em cima do cara, paulada”, contou.

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“Enfermeiro vinha, aplicava, o cara acordava, convulsionava e batiam de novo… Meu, cena de ditadura, sabe? Quando passava pra ala dos presos, era ripa dos presos! Pimenta no cabo de vassoura pra enfiar no ‘boga’. Pesado, mano!”, contou o cantor visivelmente incomodado.

“E eu vendo aquilo ali ao vivo e eu não podia chorar, né, velho? Uma vez eu tive que bater num cara. Primeira vez que eu dei um soco na cara foi lá! […] Isso tudo foi muito pesado pra mim”, pontuou.

Atualmente, Sander investiu em músicas autorais em shows solo de rock e MPB. “Faço outros shows em lugares pequenos na Vila Madalena, Pinheiros. E há três meses uso os shows no metrô como divulgação do EP e como renda. É mais lucrativo que depender de couvert. Com a crise, o pessoal não tem saído de casa e é difícil ter shows cheios”, disse.

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