Companhia financeira deu fim às atividades em uma série de postos físicos, mas recebeu críticas de funcionários em meio às novas estratégias

Antes da virada para 2025, o Santander passou por uma sequência de mudanças. No entanto, boa parte delas atingiu as agências espalhadas por todos os estados, atendendo uma lista com mais de 69,2 milhões de clientes, de acordo com o Banco Central.

Segundo o Sindicato dos Bancários, a instituição teve lucro líquido gerencial de R$ 10 bilhões dentro de 9 meses do ano passado. Esse resultado, surpreendentemente, representou o crescimento de 40,5% em relação ao mesmo período de 2023.

No último levantamento, o grupo não informou o número oficial de agências no balanço divulgado. Mas, até então, existiam 2.459 na relação do Banco Central. Apenas 1 ano antes, o mesmo relatório apontava que existiam 2.537 unidades. Ou seja, no período de 1 ano, houve uma redução de 78 postos.

“O Santander segue fechando agências, o que dificulta e piora o atendimento, já que os canais eletrônicos não se equiparam ao atendimento humanizado feito por um bancário”, disse Wanessa de Queiroz, coordenadora da Comissão de Organização dos Empregados do Santander.

A profissional também destacou que as mudanças atingem clientes e funcionários. “Mesmo com esses resultados impressionantes, o banco reduziu postos de trabalho no trimestre, fechou agências, com o novo modelo implementado, batizado de Multicanalidade”, disse a coordenadora.

“Atendimento presencial nas agências está sendo substituído por canais digitais com foco em clientes com maior poder aquisitivo. É fundamental que o banco exerça seu dever enquanto concessão pública e ofereça atendimento de qualidade para todos, sem distinções por renda”, acrescentou.

O que aconteceu?

O fechamento de agência também tem afetado outras empresas concorrentes. Marcas como Bradesco, Itaú e Banco do Brasil já estão adotando novas estratégias, principalmente nos canais virtuais, onde os serviços vêm sendo reforçados.

Em contrapartida, o Nubank atua somente através dos aplicativos, focando no público mais jovem – o que vem servindo de espelho, como apontam os especialistas. Ainda assim, nas outras instituições, as mudanças dividem opiniões, principalmente entre clientes mais antigos.

No Brasil, o Banco Central assume a missão de administrar as funções bancárias, fazendo parte do Conselho Monetário Nacional. Mas, apesar de exercer responsabilidades públicas e manter vínculo com o Ministério da Economia, as companhias tomam as próprias decisões.

Conclusão

• Em resumo, o Santander fechou 78 agências no período de 1 ano;

• Ao que parece, a estratégia faz parte de um plano de migração para o virtual;

• Essa ação, no entanto, ainda divide opiniões entre clientes e funcionários.

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