Segundo Sol faz cena polêmica com Laureta, líderes da Umbanda se revoltam e tomam atitude


Laureta em Segundo Sol (Foto: Reprodução)
A novela Segundo Sol não para de causar polêmica na Globo, e desta vez, a trama de João Emanuel Carneiro se indispôs com líderes da religião Umbanda. Tudo porque na última segunda-feira (10), a personagem Laureta (Adriana Esteves) apareceu fazendo um ritual duvidoso.
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Ela acendeu velas, fez oferendas e pediu ajuda aos orixás para continuar com suas maldades, fazendo com que a religião fosse vista com maus olhos pelo público brasileiro. “A cena mostrou uma falta de entendimento por parte do autor da novela sobre o que é de fato a umbanda”, alega as lideranças.
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“Esse tipo de construção cenográfica só serve para ofender”, explicou o cientista da religião Alexandre Cumino, sacerdote umbandista e autor dos livros Umbanda Não É Macumba e Exu Não É Diabo, ao Notícias da TV.
“Já existe um preconceito, uma intolerância contra quem faz parte da religião, do candomblé, quem vai ao terreiro. O que prevalece é a ignorância. As pessoas com quem conversei se sentiram agredidas, estão muito indignadas”, lamenta ele.
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“Não tenho nenhuma intenção de demonizar a emissora. Pelo contrário. Ela tem feito um trabalho de humanização da umbanda, exibiu reportagens sobre os ataques que os terreiros estavam sofrendo no Rio de Janeiro”, relata.
Apesar disso, Segundo Sol conta com outro núcleo que aborda a crença, com Doralice (Roberta Rodrigues) e o Didico (João Acaiabe) no terreiro do bairro, além de Groa (André Dias), que se tornou o substituto do pai. No entanto, o personagem de João Acaiabe sumiu sem mais nem menos.
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Pai Didico em Segundo Sol (Foto: Reprodução)
“Eu não posso usar elementos do candomblé para isso [o ma]. Nenhuma religião faz o mal, todas partem do preceito de que você nunca faz para o outro aquilo que não quer que seja feito para você”, explica. A Globo, por sua vez, alega que a cena não faz referência à religião.
“Laureta pede proteção aos astros, espíritos, orixás… A todo o Além, sem se referir a nenhuma religião especificamente. Além de ressaltar, como registramos ao final de cada capítulo, que novelas são obras de ficção, vale ainda destacar que Laureta é uma vilã, dona, portanto, de várias atitudes reprováveis que só fazem sentido no contexto da dramaturgia”, explicou.
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