“Serão substituídos”: CEO da Uber emite alerta e arma fim de serviço a motoristas no app

Motoristas da Uber entram em alerta após CEO emitir comunicado sobre fim de serviço essencial
O panorama de uma das atividades profissionais que ganhou notável popularidade começa a enfrentar discussões sobre seu futuro a médio e longo prazo.
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Tecnologias emergentes sinalizam transformações profundas, levantando debates sobre a longevidade de certas ocupações.
A partir de informações divulgadas pelo portal “Exame”, a equipe do TV Foco, especializada em mobilidade urbana e inovação, traz agora mais detalhes sobre o assunto.
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O futuro da condução por aplicativo
O CEO da Uber, Dara Khosrowshahi, projeta que a profissão de motorista de aplicativo, como a conhecemos, possui um horizonte temporal limitado, estimando sua configuração atual por, no máximo, mais uma década. Posteriormente, a inteligência artificial e os veículos autônomos assumirão um papel preponderante.
Khosrowshahi antecipou, em declarações anteriores, que em um período de 15 a 20 anos, os veículos autônomos apresentarão um desempenho superior ao de qualquer condutor humano.
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Ele argumenta que as máquinas, treinadas com volumes de dados equivalentes a milhões de vidas, alcançarão um nível de proficiência inatingível por pessoas, pois robôs não se distraem.

Pesquisas e o avanço gradual
Estudos corroboram parcialmente essa perspectiva. Pesquisadores da Universidade da Califórnia, ao analisarem 2100 acidentes com veículos autônomos e 35 mil com motoristas humanos, indicam que carros sem motorista geralmente adotam melhores precauções de segurança na maioria das situações. Contudo, eles demonstram uma propensão maior a colisões durante a noite ou ao amanhecer.
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Khosrowshahi esclareceu que essa revolução não ocorrerá de forma abrupta, mas sim através de um processo gradual e inevitável. Para ele, o marco inicial já se manifesta com veículos autônomos da Waymo circulando em São Francisco.
Desse modo, o próximo passo envolve a massificação da tecnologia, que poderia dominar rotas mais simples, como trajetos entre aeroportos e centros urbanos. Em Las Vegas, carros autônomos da Tesla já executam essa função, e essa tendência deve se intensificar.
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“Dentro de 10 anos, operaremos com uma rede híbrida de motoristas humanos e robôs. A partir desse ponto, seremos nós, humanos, que cederemos espaço, e não o contrário,” afirmou o executivo, sinalizando um possível fim de serviço.

A inteligência artificial substituirá completamente os motoristas?
Pesquisadores brasileiros, baseando-se em um modelo da Universidade de Oxford, concluíram que mais da metade das ocupações existentes no Brasil hoje podem desaparecer em aproximadamente duas décadas.
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O estudo aponta que 58,1% dos postos de trabalho deixarão de existir devido às avançadas tecnologias emergentes. Considerando os empregos informais, esse número sobe para 62%.
Entretanto, o especialista Miguel Lannes Fernandes oferece uma perspectiva diferente, respondendo negativamente à completa substituição. Ele explica que profissionais que utilizam inteligência artificial se tornarão mais produtivos do que aqueles que não a utilizam.
Fernandes também observa que vivemos um momento oportuno, pois os pioneiros no uso de IA em suas áreas se destacarão, embora em breve essa ferramenta deixe de ser novidade e seu uso se generalize, similar a outras mudanças na plataforma.
Conforme Miguel, o que deve ocorrer é o surgimento de diversas novas posições de trabalho para profissionais capazes de liderar projetos que empregam inteligência artificial. Uma busca rápida no LinkedIn, por exemplo, revela milhares de vagas abertas nesse setor.

O cenário futuro sugere, portanto, uma transformação nas atribuições e exigências, onde:
- A adaptabilidade e a aquisição de novas competências serão cruciais para os profissionais.
- O desenvolvimento de especializações focadas na gestão, ética e supervisão de tecnologias de IA se tornará mais proeminente.
- A capacidade de colaboração efetiva entre humanos e sistemas de inteligência artificial será altamente valorizada nas equipes.
- O aprendizado contínuo e a requalificação profissional se consolidarão como necessidades permanentes no mercado de trabalho dinâmico.
- Surgirão novas funções dedicadas à manutenção, otimização e ao suporte de operações envolvendo veículos autônomos e sistemas inteligentes.
Considerações finais
Em suma, enquanto o CEO da Uber prevê uma substituição progressiva de motoristas por tecnologia autônoma, especialistas apontam para uma reconfiguração do mercado de trabalho.
Assim, a inteligência artificial, ao invés de apenas extinguir postos, também criará novas oportunidades, demandando uma força de trabalho requalificada e adaptada às novas ferramentas tecnológicas.
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Autor(a):
Hudson William
Hudson William é um profissional com ampla experiência em comunicação social na web, acompanhando os bastidores da televisão brasileira desde 2008. A partir de 2012, passou a integrar a equipe do portal TV Foco, onde atua como redator, produzindo matérias com responsabilidade e credibilidade. Ao longo de sua trajetória, assinou textos em diversas editorias — de televisão e entretenimento a esportes, atualidades e curiosidades — sempre com foco em informar e engajar o público digital de forma clara, ética e relevante.