1 tonelada de shampoo no lixo: Vigilância Sanitária interdita fábrica de cosmético em SP

Vigilância interdita fábrica clandestina e descarta 1,1 tonelada de cosméticos no interior de São Paulo após grave constatação
A Vigilância Sanitária de Americana (SP) interditou, no dia 6 de maio, uma fábrica clandestina de cosméticos instalada dentro de uma residência no bairro Antônio Zanaga, na região de Americana, interior de SP.
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Durante a ação, realizada em conjunto com a Polícia Civil, os agentes recolheram e descartaram aproximadamente 1,1 mil quilos de produtos irregulares, o equivalente a 1,1 tonelada.
Entre os produtos estão shampoos, condicionadores e máscaras corporais — em um aterro sanitário.
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Sendo assim, a partir de informações do portal G1, a equipe especializada em fiscalizações e serviços do TV Foco traz abaixo os pormenores da operação e as consequências geradas ao estabelecimento.

Denúncia levou à operação conjunta:
A denúncia anônima sobre a fabricação irregular de cosméticos desencadeou a operação.
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A equipe da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e os fiscais da Vigilância encontraram uma estrutura improvisada com:
- Caldeirões;
- Embalagens plásticas;
- Galões de substâncias químicas sem identificação;
- Rótulos falsificados;
- Uma máquina de dosagem.
Para piorar a situação, o local funcionava sem qualquer tipo de autorização dos órgãos sanitários.
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Produção sem controle e fórmulas caseiras:
De acordo com a Prefeitura de Americana, o responsável pela fabricação não possuía alvará de funcionamento, nem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).
O responsável, ainda não identificado e sem formação técnica, declarou à polícia que criou as fórmulas com base em vídeos da internet e em experiências adquiridas enquanto trabalhava em uma empresa do setor.
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De acordo com o delegado Fernando Fincatti, o suspeito admitiu que copiava informações de rótulos de outros produtos para simular um padrão profissional:
“Ele falou que sonhou com a fórmula. O conteúdo das embalagens não correspondia às informações do rótulo”.
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As consequências geradas para a fábrica foram significativas:
Todos os produtos encontrados foram considerados impróprios para uso e imediatamente descartados.
O delegado informou que o homem iria responder por crime contra as relações de consumo e crime contra a saúde pública.
A investigação também buscou identificar possíveis cúmplices, a origem dos insumos utilizados e a eventual conivência de plataformas digitais envolvidas na venda dos produtos e emissão de notas fiscais falsas.
Visto que o estabelecimento não foi identificado, não foi possível encontrar manifestações e declarações da empresa envolvida.
Como as empresas podem regularizar a produção perante os órgãos fiscalizadores?
Conforme comentamos em matérias anteriores, nenhuma empresa que deseja, ou que já fabrica e comercializa cosméticos, está isenta de passar por alguma desventura envolvendo fiscalizações da Vigilância Sanitária ou qualquer outro órgão fiscalizador.
No entanto, é possível solucionar de forma legal no Brasil, basta seguir as exigências sanitárias e regulatórias, como:
- Ter uma autorização da Vigilância Sanitária local: É necessário obter um alvará para funcionamento.
- Registro ou notificação à ANVISA: A legislação exige que todos registrem ou notifiquem os produtos, conforme o grau de risco.
- Instalações adequadas: O espaço precisa obedecer às normas de higiene, segurança e controle de qualidade.
- Responsável técnico: Você deve contar com um profissional habilitado, como farmacêutico ou químico industrial.
Conclusão:
Em suma, a interdição da fábrica clandestina em Americana expôs os perigos da informalidade na produção de cosméticos.
A ação coordenada evitou que milhares de consumidores fossem expostos a riscos graves.
Produzir sem controle técnico e sanitário não é apenas ilegal, é irresponsável.
Vigilância e fiscalização continuam sendo barreiras essenciais para proteger a saúde pública. Mas, se você quiser saber mais sobre outros produtos, como o café e mais, clique aqui. *
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Autor(a):
Lennita Lee
Jornalista com formação em Moda pela Universidade Anhembi Morumbi e experiência em reportagens sobre economia e programas sociais. Com olhar atento e escrita precisa, atua na produção de conteúdo informativo sobre os principais acontecimentos do cenário econômico e os impactos de benefícios governamentais na vida dos brasileiros. Apaixonada por dramaturgia e bastidores da televisão, Lennita acompanha de perto as movimentações nas principais emissoras do país, além de grandes produções latino-americanas e internacionais. A arte, em suas múltiplas expressões, sempre foi sua principal fonte de inspiração e motivação profissional.