Shopping de Fortaleza, CE, encerra serviço aclamado que conquistou muitos clientes. Saiba o motivo deste triste fim
Uma notícia significativa no setor de varejo marcou o cenário de Fortaleza neste ano de 2025. O término de um serviço bastante conhecido em um importante centro comercial da capital cearense gerou comentários entre os consumidores locais.
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A partir de informações divulgadas pelo portal “Diário do Nordeste”, a equipe do TV Foco, especializada em notícias sobre empresas e varejo, traz agora mais detalhes sobre o assunto.
O anúncio do encerramento
A marca de moda Amaro confirmou sua saída do mercado cearense. Portanto, sua loja localizada no Shopping Iguatemi Bosque teve o encerramento anunciado.
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A assessoria do shopping center corroborou a informação sobre o fim das atividades da empresa. Contudo, não especificou a data precisa para a conclusão da operação naquele momento.
Detalhes da liquidação e histórico local
Segundo a administração do Iguatemi, a Amaro implementa uma reestruturação de negócio. Consequentemente, a empresa finaliza operações em várias cidades do Brasil como parte dessa estratégia.
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O shopping aceitou a decisão da varejista. Ademais, mantém o propósito de atrair marcas relevantes para Fortaleza, citando a chegada da internacional Ray Ban ainda neste mês.
Próximo ao fechamento, a loja realizou uma liquidação. Assim, todos os produtos em estoque foram oferecidos com 50% de desconto aos clientes.
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A unidade da Amaro no Iguatemi Bosque havia sido inaugurada em julho de 2022. A empresa já passava por um processo de recuperação judicial.
Anteriormente, em outubro de 2023, a Amaro já havia fechado sua loja no Shopping RioMar Fortaleza. Este movimento anterior já indicava uma possível retração da marca na região.
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Contexto financeiro da empresa
Fundada em 2012 com foco inicial no ambiente digital, a Amaro expandiu sua atuação. Três anos após sua criação, lançou lojas físicas no modelo “guide shop”.
Além de suas coleções próprias, a empresa também comercializava produtos de outras marcas. Além disso, investiu nos segmentos infantil e de decoração para casa.
A Amaro protocolou seu pedido de recuperação judicial em março de 2023. Na época, a dívida total declarada era de R$ 244,6 milhões, um cenário complexo para redes varejistas.
Conforme divulgado pela Forbes, o endividamento líquido incluía R$ 151,7 milhões em obrigações bancárias. Somavam-se a isso R$ 39 milhões em débitos com fornecedores.
No processo, a empresa argumentou que as dívidas superavam sua capacidade financeira atual. Além disso, citou queda nas vendas e o impacto da alta inflação como fatores contribuintes.
Por que a recuperação extrajudicial cresceu?
Ademais, informações do portal Biolchi indicam um aumento no uso da recuperação extrajudicial (RE) por empresas em crise. O número de processos formais dobrou entre 2022 e 2023.
Registraram-se 32 casos de RE no ano passado. Este volume é quatro vezes maior que o observado antes da reforma da Lei de Recuperação Judicial e Falência em 2020, evidenciando uma tendência no setor.
Empresas como Amaro, o clube de futebol Botafogo e construtoras como Andrade Gutierrez utilizaram essa ferramenta recentemente. Embora criada em 2005, a RE permaneceu pouco utilizada até 2015.
Especialistas apontam, ainda, a existência de um “universo oculto”. Muitas negociações de RE bem-sucedidas entre empresas e credores não chegam a ser homologadas judicialmente.
Antes das considerações finais, destacam-se pontos relevantes:
- Confirmação do fechamento da loja Amaro no Iguatemi Bosque.
- Encerramento faz parte de uma reestruturação nacional da marca.
- Amaro está em processo de recuperação judicial desde 2023.
- Crescimento do uso da recuperação extrajudicial como alternativa para empresas.
Considerações finais
O fechamento da última loja física da Amaro no Ceará em 2025 marca o fim da presença da marca no estado. Assim, este evento reflete a decisão estratégica da empresa em meio a um processo de reestruturação financeira.
Por fim, a situação evidencia os desafios enfrentados pelo setor varejista. Ao mesmo tempo, mostra a crescente adoção de mecanismos como a recuperação extrajudicial para lidar com dificuldades econômicas.